Assentamentos rurais do MST: práticas espaciais, representações e conflitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nogueira, Amauri Tadeu Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09112012-094827/
Resumo: Esta análise tem como objetivo compreender os conflitos no interior das práticas sociais e estratégias de luta por meio das representações sociais que cada sujeito e/ou segmento social faz de si mesmo e dos outros, e seus rebatimentos em assentamentos rurais no período de 2000 até 2012. Definimos como área de pesquisa os Assentamentos Roseli Nunes no município de Piraí localizado no estado do Rio de Janeiro e Mário Lago localizado no município de Ribeirão Preto no estado de São Paulo. Como estratégia, realizamos entrevistas semiestruturadas junto a assentados, líderes assentados e agentes mediadores, uma vez que levamos em conta não só a desigualdade social entre os sujeitos, como também a existência de uma distinção dos seus projetos e aspirações. A partir dos resultados obtidos concluímos que, as representações que mediaram o processo sofreram territorializaçãoes, desterritorializaçãoes e reterritorializações, tanto na ordem organizativa, produtiva, quanto na luta pelo reconhecimento dos assentados e segmentos envolvidos, demonstrando que os sujeitos dos assentamentos podem viver e experienciar diferentes territorialidades contraditórias e desiguais sem deixar de ser eles mesmos. Ou seja, os acampados e assentados de forma dinâmica, inventiva, criativa para estabelecer um espaço, ligado, marcado e alcançado em que os mesmos em seu locus de ação, subvertem por assim dizer seu próprio destino e impõem seu próprio sentido de ordem à realidade vivida, percebida e concebida.