Efeitos da suplementação de melatonina e do treinamento físico aeróbio na sensibilidade à insulina em ratos espontaneamente diabéticos tipo II (Goto-Kakizaki).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Eduardo de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-03012022-085918/
Resumo: O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico primário dos carboidratos que envolve de forma secundária e não menos importante lipídeos e proteínas, caracterizado por hiperglicemia plasmática de jejum e pós-prandial. Sabe-se que o exercício físico é um potente agente não farmacológico neste quadro patológico, pois promove melhora na homeostase glicêmica e aumenta a sensibilidade à insulina. Além disso, o aumento da glicemia está associado a redução dos níveis séricos de melatonina. A melatonina é o principal hormônio sintetizado e secretado pela glândula pineal em escotoperíodos e está associada à regulação de diversos processos fisiológicos, dentre eles, o metabolismo energético. Neste sentido, o presente estudo tem por objetivo avaliar o efeito sinérgico da suplementação com 3 mg de melatonina e do treinamento físico aeróbio sobre a sensibilidade periférica a insulina nos animais espontaneamente diabéticos do tipo II (Goto Kakizaki). Para isso, os animais passaram por um protocolo de treinamento físico aeróbio (incremento gradativo de 50/80% do limiar anaeróbio) e receberam melatonina diluída na água durante doze semanas, sendo que o tratamento iniciou-se a partir da décima semana de vida, momento em que o quadro de diabetes já está instalado nesse modelo. No início e final do protocolo experimental foi mensurado o peso corporal e realizado testes de tolerância à glicose (GTT) e à insulina (ITT). Os animais foram mantidos em biotério com ciclo de iluminação claro e escuro 12h/12h, receberam água e alimento ad libitum e, ao final do protocolo, foram eutanasiados 24 horas após a última sessão de exercício. O tecido muscular (sóleo, extensor digital longo), foi coletado para análise da expressão gênica (qPCR) e protéica (Western Blot), das vias de captação de glicose e sinalização insulínica: GLUT4, IR, IRS1 e 2, PI3K, AKT, GSK-3β. Pretende-se ainda analisar a morfologia do tecido muscular. No fígado foi avaliado a via de sinalização insulínica através dos genes: GLUT2, IR, IRS1 e 2, PI3K e AKT, e a neoglicogênese através da PEPCK e a glicogênese através da GSK3B. O soro foi coletado para verificar as concentrações de insulina e melatonina. Os resultados indicam que o tratamento com melatonina associado com treinamento físico produz efeito positivo na sensibilidade a insulina e tolerância a glicose e, que o exercício físico e tratamento com melatonina possui aparente papel protetor no tecido pancreático.