Diversidade e revisão taxonômica da família Beaniidae (Bryozoa, Cheilostomata)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Karine Bianca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-13022020-171416/
Resumo: A família Beaniidae, atualmente composta por três gêneros, Beania Johnston, 1840, Stolonella Hincks, 1883, e Amphibiobeania Metcalfe, Gordon & Hayward, 2007, tem sido caracterizada por ter colônias com tubos conectores ou estolões entre os autozooides, uma superfície frontal inteiramente membranosa, e rizoides anexando a colônia ao substrato. Várias espécies foram descritas para a família, das quais cerca de 2/3 foram mal descritas e baseadas em relativamente poucos espécimes. Isso e o fato de os briozoários geralmente exibirem certo grau de plasticidade morfológica podem levar a suposições erradas quanto à variabilidade intraespecífica de caracteres morfológicos e delimitações de espécies, tornando a taxonomia da família bastante complexa e confusa. Como resultado, a avaliação de sua diversidade, bem como as análises de distribuições geográficas e a avaliação de espécies exóticas e invasoras, são prejudicadas. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão taxonômica da família Beaniidae, realizando análises quantitativas e qualitativas dos caracteres morfológicos de colônias recém-colhidas em várias localidades do mundo e das coleções científicas onde esta é mais bem representada. Cerca de 700 espécimes referentes aos gêneros Beania (68 espécies), Stolonella (1 espécie) e Amphibiobeania (1 espécie), depositados em diferentes coleções biológicas (Victoria Museum, Austrália; Natural History Museum of London, UK; National Institute of Water and Atmospheric Research, Nova Zelândia; Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Brasil; Museu Nacional do Rio de Janeiro, Brasil), foram examinados sob microscopia eletrônica de varredura. Entre esse material, há aqueles reunidos em grandes expedições do século XIX e início do século XX. Das 70 espécies descritas para a família, 54 foram analisadas, incluindo o material-tipo de 39. Este estudo revelou novos caracteres para a distinção de espécies na família, principalmente para o gênero Beania, incluindo forma, tamanho, posição e número de espinhos, aviculáriao tubos conectores, rizoides e câmaras de incubação embrionária e larval. 70 espécies descritas válidas e 26 outras espécies novas para a ciência (a serem formalmente descritas) são reconhecidas para a família. Além disso, 3 espécies são sinonimizadas; 2 são consideradas espécies inválidas; e 5 espécies nominais possivelmente compreendem complexos de espécies. As espécies conhecidas de Beania foram categorizadas, empregando os novos caracteres, em quatro subgrupos: 1) colônia unisserial com tubo conector longo, 2) colônia unisserial com tubo conector curto, 3) colônia reticulada com tubos conectores proximais e, 4) colônia reticulada com seis tubos conectores (proximal, mediano e distal). Se esses subgrupos devem ser elevados ao nível de gênero depende de futuras análises filogenéticas morfológicas e moleculares