O \'rosa burguês da revolução\': Antonio Candido e a missão do intelectual no Brasil moderno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gimenes, Max Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-27092018-092914/
Resumo: Localizado no âmbito temático dos estudos acerca do pensamento brasileiro em interface com a sociologia da cultura e dos intelectuais, o presente trabalho investiga a atuação política tanto teórica quanto prática de Antonio Candido, no período anterior à sua migração institucional da sociologia para as letras e posterior consagração como intelectual. Em especial, busca-se investigar o modo original e profícuo com que ele procurou reconciliar socialismo e democracia, bem como militância política e estudo acadêmico, num momento histórico em que esses elementos lhe apareciam como pares contraditórios e em realidade concreta diversa da que serviu de base para o desenvolvimento da matriz teórica europeia na qual sua geração fora formada. Para tanto, examinam-se textos publicados pelo autor no período e também a bibliografia a respeito das iniciativas culturais e políticas de que ele fez parte à época para fins de contextualização. Com isso, pretende-se demonstrar como o autor encontrou soluções que lançaram as bases para uma orientação possível da ação política da fração de classe social com a qual se identificava, a pequena e média burguesia de intelectuais e artistas comprometidos com valores de igualdade social. Essa plataforma, também denominada como radicalismo das classes médias, liga-se ao diagnóstico do autor sobre os obstáculos que o processo histórico brasileiro, de passado colonial, antepunha à modernização do país e à emancipação de seus grupos sociais dominados e visa, por meio da missão que atribuí ao intelectual, a favorecer a aliança política entre as classes médias e os grupos dominados como forma de realizar as transformações necessárias à construção de um Brasil mais moderno e igualitário.