O museu doméstico. São Paulo 1890-1920

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Ribeiro, Maria Izabel Meirelles Reis Branco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
-
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27131/tde-03052024-143727/
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo a análise das coleções particulares de arte reunidas na cidade de São Paulo entre 1890 e 1920. Compreende um estudo preliminar do caráter das coleções e do perfil do colecionador, de modo a obter subsídios teóricos para compreensão do caso paulistano. Os recursos advindos da cultura e comercialização do café, foram responsáveis pela modernização da cidade e pela dinamização da vida cultural e forneceram os elementos necessários para o estabelecimento de um meio artístico ainda que provinciano. Esses fatores permitiram a formação de um público comprador de obras de arte, tanto em termos do surgimento de coleções de arte como de aficionados que procuravam manter apenas alguns objetos para apreciação estética dentro de seu universo cotidiano. Observa-se que as coleções se constituíam de modo informal, sem preocupações curatoriais, regidas pelo ecletismo e por princípios de acumulação. Estes conjuntos obedeciam aos cânones do realismo burguês e tinham como intenção criar ambientes agradáveis. Visavam a aproximação dos padrões da burguesia européia plenamente estabelecida, que pela ótica de uma situação de dependência cultural serviam como aval de civilização e índice de progresso.