Análise da prescrição de medicamentos dos cirurgiões-dentistas que atuam nas unidades de saúde de Campo Grande, MS, 2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Pontes, Elenir Rose Jardim Cury
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-03032020-155818/
Resumo: Objetivo. Considerando que avaliações sobre consumo de medicamentos são relevantes para detectar possíveis problemas nos serviços de saúde, realizou-se um estudo para conhecer alguns aspectos em relação a prescrição odontológica e o uso de medicamentos. Métodos. Pesquisou-se uma população de cirurgiões-dentistas em unidades de saúde de Campo Grande, MS, Brasil. Foram realizadas quatro atividades: (a) questionário dirigido aos cirurgiões-dentistas (n=159) para obter dados relacionados ao ato de prescrever; (b) análise de prescrições odontológicas (n=509), a fim de detectar possíveis falhas de preenchimento e posologia, e conhecer o padrão de prescrição; (c) questionário dirigido aos pacientes (n=324) das prescrições odontológicas analisadas, para checar se houve anamnese precedendo às prescrições; (d) análise dos prontuários destes pacientes (n=509) para detectar prescrições inadequadas em relação à idade e ao estado de saúde. Resultados. Das respostas dos cirurgiões-dentistas (636) sobre situações simuladas de utilização de medicamentos, 29,6% estavam incorretas, não tendo sido constatada associação com os seguintes fatores: tempo de formado do profissional, cursos de pós-graduação, conteúdo de farmacologia oferecido na graduação, auxílio para prescrever (livros, guias etc.), cursos sobre farmacologia. Das prescrições analisadas, 78,8% estavam com preenchimento incorreto e 74,5% com posologia inadequada. Aproximadamente dois terços dos pacientes não foram submetidos à anamnese, no entanto, 81 ,5% do total, receberam explicações sobre os medicamentos prescritos. Ocorreram prescrições inadequadas para gestantes, lactantes, crianças, pacientes hipertensos, com distúrbios gástricos, diabéticos e asmáticos. O uso de antiinflamatórios não-esteróides foi o padrão de prescrição. Conclusão. Recomenda-se um programa de monitoramento da utilização de medicamentos no serviço público.