Análise do fenômeno da imunotolerância na fotocarcinogênese em lábio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Dias, Renata Helena Ferreira Caramez Pierroni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-06032012-165809/
Resumo: A radiação ultravioleta (UV) do sol é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer de pele não-melanoma. A radiação UV induz efeitos biológicos, que promovem a fotocarcinogênese, agindo diretamente sobre o DNA, provocando mutações. Porém, tudo indica que há um efeito indireto, que induz imunossupressão. O fenômeno fisiológico da imunotolerância, que é responsável pela prevenção de doenças autoimunes e pela modulação da resposta inflamatória, pode ser aproveitado por determinadas neoplasias para escaparem do controle imunológico e reforçado pela radiação UV. Os personagens principais da imunotolerância no ambiente tumoral são células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores (Treg), além de inúmeras citocinas imunossupressoras. Com o objetivo de avaliar a imunotolerância na fotocarcinogênese em lábio, foram analisadas, por meio da técnica de imuno-histoquímica, 75 amostras de material fixado e emblocado em parafina, sendo 44 casos de queilite actínica (QA) nos três graus de displasia epitelial (discreta, moderada e intensa), 18 casos de carcinoma epidermoide de lábio (CEL) e 12 espécimes representativos de lábio normal (LN). Tais amostras foram submetidas aos anticorpos anti-CD83, anti-DEC-205, anti-FOXP3, anti-CD1a e anti-CD207. Foi efetuada a contagem de células em 3 campos significativos, escolhidos aleatoriamente, e obtida a média de células contadas/campo. Assim, os resultados mostraram uma grande quantia de linfócitos Treg FOXP3+ tanto no CEL como na QA. Também houve uma expressão acentuada de DEC-205 nos casos estudados. Quanto à presença de células de Langerhans CD207+ e CD1a+, notou-se um acúmulo no epitélio das lesões de QA e nas ilhotas do CEL, além de algumas células estarem presentes no tecido conjuntivo. Já para o marcador CD83, a contagem de células positivas foi baixa em relação aos demais marcadores tanto no CEL como na QA. Portanto, sugere-se um microambiente imunotolerante tanto no início, quanto no estabelecimento do processo da fotocarcinogênese em lábio.