Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Gramari, Edna Pereira da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30042009-161742/
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Resumo: |
A presente pesquisa consiste em um estudo de caso, de natureza qualitativa, que se propõe avaliar os efeitos da implantação do regime de progressão continuada, a partir de 1998, em uma escola da rede estadual de ensino da Capital. Para tanto, recorre à produção acadêmica relacionada ao tema para, inicialmente, acompanhar a trajetória das discussões e ações que antecederam a formulação da proposta de progressão continuada. A presente discussão busca subsídios em pesquisas dedicadas ao tema da progressão continuada, que buscaram avaliar, entre outros aspectos, sua forma de implantação e as dificuldades decorrentes de sua implementação, reveladas pelo exame do cotidiano de algumas escolas da rede. Várias dessas pesquisas identificaram o autoritarismo que marcou a introdução dessa política educacional do governo, demonstrando que muitos dos reiterados alertas feitos por estudiosos da área educacional, sobre a importância de assegurar a participação dos professores no processo de formulação das reformas pretendidas, ou sobre a necessidade de realizar outras mudanças no sistema educacional para se implementar a reforma, não foram considerados. Nesse sentido, as pesquisas que apontam a insatisfação dos professores com a introdução da progressão continuada, indicam que a Secretaria de Estado da Educação não propiciou as condições para a apropriação dos pressupostos teóricos que a fundamentaram. As opiniões de professores ouvidos na presente pesquisa, através de questionários e entrevistas, demonstram que, mesmo decorridos dez anos de sua implantação, o entendimento da proposta ainda é superficial, pois as discussões sobre a implantação da progressão continuada restringiram-se aos aspectos mais diretamente relacionados à economia de recursos e à impossibilidade de retenção dos alunos dentro de um mesmo ciclo. A insatisfação demonstrada pelos professores foi, com freqüência, interpretada como resistência a mudanças e conservadorismo. No entanto, a presente pesquisa, fundamentada em considerações apresentadas por outras pesquisas que enfocaram o tema da progressão continuada, ao propor aos professores entrevistados, uma oportunidade de reflexão sobre seu processo de formação e sua prática profissional, constatou a existência de dificuldades de outra ordem. Entre estas dificuldades, evidenciadas a partir da implantação do regime de progressão continuada, ressaltamos a questão da formação dos professores, tanto a formação inicial, quanto a formação continuada; os limites à sua atuação condicionada por elementos estruturais e organizacionais da escola e do sistema de ensino e, numa dimensão mais ampla, a crise de identidade que atinge as formas de ser e de estar na profissão. |