Desenvolvimento de modelo híbrido de simulação para avaliação econômica de sistemas integrados de produção agropecuária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sartorello, Gustavo Lineu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-19042021-141843/
Resumo: Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPAs) podem apresentar vários benefícios em relação aos aspectos sociais, ambientas e econômicos quando comparados aos monocultivos. No entanto, esses sistemas são intensivos no uso dos recursos que compõe o sistema e, assim tornam-se mais complexos para identificar as suas ineficiências. Nesse sentido, técnicas avançadas da Pesquisa Operacional têm sido úteis para o planejamento, projeto e controle desses sistemas. A simulação computacional tem se apresentado como uma das principais ferramentas de análise e se tornado mais útil e difundida pelo uso dos métodos de simulação de eventos discretos (SED) e baseado em agentes (SBA). Na literatura, há quantidade crescente de estudos que utilizaram métodos de simulação com aplicações na agropecuária, mas apenas uma quantidade limitada deles utilizaram modelos híbridos de simulação (MHS) e nenhum deles aplicados em SIPAs. Assim, o objetivo desta tese foi desenvolver e descrever modelo híbrido de simulação SED e SBA com componentes estocásticos para avaliar em sistemas integrados de produção agropecuária uma população de bovinos de corte e de uma cultura agrícola e usá-lo para calcular e comparar os indicadores técnicos e econômico-financeiros dessas produções em sistemas de monocultivo ou integrados. Foi avaliado o efeito do dia de plantio das pastagens (simultaneamente ou 20 dias após ao milho), espaçamento de plantio (75 cm ou 37,5 cm) e o uso de herbicida para controle do crescimento da forrageira (0 dias ou 20 dias pós emergência do milho). O modelo foi desenvolvido utilizando a ferramenta de simulação AnyLogic e foi parametrizado utilizando dados de um experimento realizado a campo. Seis tratamentos foram avaliados: i) monocultivo de milho (“Milho”); ii) monocultura do boi (“Boi”); iii) SIPA1: o capim- marandu semeado simultaneamente com o milho; iv) SIPA2: semeadura simultânea e 20 dias após o plantio do milho aplicação de herbicida Nicosulfuron (8 g/ha de ingrediente ativo); v) SIPA3: plantio da pastagem 20 dias após o plantio do milho; e vi) SIPA4: as sementes de milho e pastagem foram semeadas simultaneamente, com espaçamento de 37,5 cm e mais aplicação de herbicida como no tratamento SIPA2. Em SIPAs as produções de milho e boi foram bienais. O tempo de análise nas simulações foram de 3.285 dias (nove anos). Os resultados demonstraram que a taxa de lotação foi de 3,2 UA.ha-1 para SIPAs enquanto que foi de 3,5 UA.ha-1 em Boi. As diferentes estratégias de plantio não alteraram o desempenho produtivo dos animais. O menor custo total (CT) na produção de bovinos foi em SIPA3, R$ 11,46/kg; para a produção de milho os menores CT foram nos tratamentos SIPA2 e SIPA4, R$ 0,43/kg e R$ 0,45/kg, respectivamente. Por fim, os seguintes resultados de TIR: 51,8%, -4,2%, 4,8%, 6,7%, 7,3% e 6,7% para Milho, Boi, SIPA1, SIPA2, SIPA3 e SIPA4, respectivamente, foram obtidos. O MHS apresentou-se como uma ferramenta útil para avaliar e entender em profundidade o sistema de interesse. O MHS tem potencial de considerar aspectos sociais e ambientais que não foram considerados neste estudo e pode ser adaptado para aplicação em outras áreas de produção.