Avaliação da colpocitologia oncótica vaginal em reeducandas no Sistema Penitenciário do CPP do Butantan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Fernando Moreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-09082024-162104/
Resumo: Introdução: O Brasil ocupa o sexto lugar entre os países mais populosos do mundo com 214 milhões de habitantes, dos quais 51,1% são mulheres. O câncer de colo representa uma das principais causas de morte feminina e inúmeros são os fatores de risco envolvidos na sua eclosão como, baixa escolaridade, raça negra, múltiplos parceiros sexuais e o mais importante, a infecção pelo vírus do HPV. As detentas exibem perfil altamente vulnerável para desenvolver o câncer de colo uterino Objetivos: caracterizar os achados colpocitológicos obtidos no exame de Papanicolaou em mulheres privadas de liberdade, do Centro de Progressão Penitenciária do Butantan (CPP do Butantan), bem como possíveis associações com características clínicas/epidemiológicas, exames colposcópicos/biópsias, sorologia para HIV e desfechos sobre colo uterino. Métodos: Em estudo retrospectivo foram analisados os prontuários e os resultados de 894 colpocitologias oncológicas realizadas nas reeducandas, a partir de mutirões no Centro Assistencial Cruz de Malta (CACM), em parceria com o CPP do Butantan. Métodos estatísticos: foram utilizados medidas-resumo, gráficos de barras, boxplot e para as análises inferenciais visando confirmar ou refutar as evidências encontradas na análise descritiva foram empregados o Qui-Quadrado de Pearson, Extensão do teste Exato de Fisher e Kruskal-Wallis. Resultados: O exame ginecológico mostrou 4% de lesões verrucosas anogenitais, a colpocitologia oncológica detectou 13,5% de alterações e a biópsia guiada pela colposcopia 78,5%. As bissexuais apresentaram maior prevalência de carcinomas e as reeducandas que ficaram mais tempo aguardando a colposcopia tiveram piora no diagnóstico. Conclusões: Reeducandas com lesões verrucosas expressaram maior frequência de LSIL, HIV e biópsias ampliadas do colo uterino. Ademais, entre as reeducandas foram constatadas nítidas falhas na educação e nos programas de prevenção do carcinoma de colo uterino.