Capoeranças em verso e prosa: imagens da força matrial afro-ameríndia em literaturas da capoeira angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vale, Elis Regina Feitosa do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-26112012-111712/
Resumo: Esta pesquisa de mestrado se dedica a dialogar com conhecimentos ancestrais da Capoeira Angola, a fim de tramar suas contribuições para o campo da educação escolar. E assim, contribuir ao processo de implementação das leis 10.693/03 e 11.645/08, especialmente ao que se referem aos recursos didáticos que compreendam saberes de matrizes africana, indígena e afro-brasileira. Trata-se dum estudo de algumas imagens literárias da Mãe-Capoeira em verso e prosa, orais e escritas, e em desenho. Utilizando-se de uma linguagem espiral que mescla o vigor da tradição e o rigor da dissertação acadêmica, os materiais da pesquisa entraram em diálogo com a perspectiva mitohermenêutica de uma educação de sensibilidade; com produções orais e escritas sobre as singularidades das cosmovisões africana, ameríndia e afro-brasileira; e com algumas produções, orais e escritas, do feminismo negro. Neste diálogo, flertamos com imagens dos modos matriais afro-ameríndios de fazer-saber e en-sinar num jogo tenso com os modos patriarcais branco-ocidentais da escolarização. Nesse sentido, flertamos com imagens literárias da Mãe-Capoeira e da família-capoeira. E então, com imagens das partilhas iniciáticas e das ligas vitais Capoeira-mestre-discípula/o e pessoa-família extensa. Isto porque desejamos favorecer no prosseguimento da construção de uma noção afro-ameríndia de pessoa-comunal, de conhecimento como força vital, de força-alma-palavra e de educação circular. De modo a tramarmos reinvenções antirracistas, antimachistas e não adultocêntricas nas formas e matérias das práticas escolares e acadêmicas de educação.