A colaboração entre o compositor e o intéprete na aplicação da técnica estendida em duas obras contemporâneas brasileiras para fagote: Vitrais e Fantasia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Valdir Caires de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-03032017-155346/
Resumo: Por meio da mútua colaboração, compositores e intérpretes sempre buscaram novas maneiras de explorar as possibilidades sonoras, tímbricas e técnicas dos instrumentos. Na música contemporânea, essa busca revela-se principalmente no que chamamos de técnicas estendidas. Este estudo tem como objetivo investigar, sob a ótica da cooperação compositor-intérprete, as técnicas estendidas aplicadas nas obras Vitrais, para fagote, cordas e percussão, composta por Nelson Almeida, e Fantasia, para fagote e piano, composta por Ricardo Brafman. Traça-se um panorama histórico da parceria entre o compositor e o intérprete ao longo da história da música, no qual se discute a importância de todo esse processo colaborativo. Em se tratando da música composta a partir do século XX, como é o caso das peças em questão nesta pesquisa, a metodologia utilizada baseia-se, principalmente, nos trabalhos do compositor italiano Bruno Bartolozzi e do fagotista italiano Sérgio Penazzi, que desenvolveram trabalhos colaborativos nas pesquisas relacionadas às técnicas estendidas. Além disso, por meio dos diálogos, das comunicações pessoais e das entrevistas realizadas pelo autor deste trabalho com os compositores Nelson Almeida e Ricardo Brafman, relatamos todo o processo composicional que envolveu as referidas peças. Ao focar na interpretação das obras, este trabalho traz a análise em duas partes. A primeira, sob o prisma das particularidades individuais das técnicas estendidas aplicadas, tece considerações acerca de dedilhados e das maneiras de execução. A segunda parte destaca os aspectos da forma, do ritmo, do timbre e textura e dos materiais musicais usados. Pela cooperação, obtiveram-se resultados satisfatórios na aplicação das técnicas estendidas utilizadas tanto em Vitrais quanto na Fantasia. Dessa forma, o processo colaborativo mostra-se eficiente como uma ferramenta importante no auxílio da busca do material sonoro esperado pelos compositores.