Dialélico parcial circulante interpopulacional em milho (Zea mays L.) com dois níveis de endogamia dos parentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Andrade, Joao Antonio da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-174748/
Resumo: Progênies de irmãos germanos das populações SUWAN e ESALQ-PB 1 de milho (Zea mays L.), multiplicadas manualmente por autofecundação e cruzamentos fraternais, foram cruzadas em um esquema dialélico parcial circulante interpopulacional com três cruzamentos por parental (s = 3). Foram utilizadas 100 progênies de cada população e os 600 híbridos resultantes (300 para cada nível de endogamia), mais uma testemunha comercial, foram avaliados em 19 experimentos em blocos ao acaso, com três repetições. Análises de variância individuais e conjunta foram realizadas para as variáveis tempo de florescimento feminino, altura de plantas, altura de espigas, peso de espigas e peso de grãos, com o objetivo de estudar a eficiência do sistema dialético parcial circulante na avaliação de combinações híbridas, verificar a variabilidade e potencialidade dos híbridos intermediários interpopulacionais e comparar os dois níveis de endogamia dos parentais na obtenção de híbridos intermediários. Para produção de grãos também foi aplicado um modelo fatorial de análise das diagonais do dialético parcial circulante (MIRANDA FILHO & VENCOVSKY, 1995), para fins de estimação de parâmetros genéticos interpopulacionais. As estimativas dos componentes de médias foram obtidas através do método dos quadrados mínimos com base no modelo aleatório reduzido Yij = m + gii + gj + dij, onde Yij é a média do híbrido, gi a capacidade geral de combinação (cgc) da progênie i (população SUWAN), gi a cgc da progênie j (população ESALQ - PB 1) e dij um desvio composto pela capacidade específica de combinação (cec) mais o erro experimental médio. Em seguida os mesmos componentes foram estimados através das fórmulas ki = Ȳi - Ȳ e kj = Ȳj - Ȳ. Os dois tipos de estimativas foram obtidos para cada experimento, em cada nível de endogamia dos parentais. Com base nas estimativas dos g's foram preditas as produtividades médias de todos os híbridos simples, triplos e duplos possíveis pelas fórmulas HSij = m + gi + gi; HTii' .j = m + (1/2)(gi + gi) + gj; HTjj'.i = m + (1/2)(gj +gj')+ gi; HDii'.jj' = m + (1/2)(gi + gi' + gj+ gj'). As mesmas predições foram feitas utilizando-se os k's em substituição aos g's. A variabilidade entre os híbridos intermediários, mostrou significância para todas as variáveis estudadas, e uma grande potencialidade dos mesmos para utilização comercial. Em média, os dois níveis de endogamia não mostraram diferenças nos resultados, mas a sua interação com experimentos e com híbridos foi significativa, indicando que a amostragem das progênies nos momentos de multiplicação e cruzamento não foi perfeita, acarretando problemas de deriva genética. A variância aditiva interpopulacional para produção de grãos foi de 40,85 ± 18,04 e 72,27 ± 17,03 (g/pl)2, respectivamente para os sistemas de autofecundação e cruzamentos fraternais; a variância dominante foi de 96,00 ± 29,55 e 69,30 ± 23,27 (g/pl)2, respectivamente. Esses valores mostraram-se inferiores em relação às estimativas de mesma natureza, obtidas através de outra metodologia, para as mesmas populações. Em ambos os níveis de endogamia houve alta correlação entre os híbridos simples observados e os previstos pelo modelo reduzido. O mesmo ocorreu entre os híbridos triplos e duplos previstos pelo método B de JENKINS (1934) e aqueles previstos pelo modelo reduzido. Os dois tipos de estimativas da capacidade geral de combinação (g's e k's) foram altamente correlacionados, assim como os híbridos previstos com base nos mesmos. Isto mostra que os k's podem ser utilizados em substituição aos g's na seleção de progênies promissoras, desde que os efeitos da cec sejam menos importantes que os efeitos da cgc, como ocorreu no presente trabalho.