Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Norte, Ana Paula Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-17112023-132105/
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Resumo: |
Streptococcus dysgalactiae é uma bactéria comensal de animais e humanos que causa uma variedade de infecções oportunistas. Há poucos estudos que caracterizam esse agente de potencial zoonótico no Brasil. Os objetivos do presente estudo foram caracterizar por métodos fenotípicos e genotípicos 92 estirpes de S. dysgalactiae isoladas de bovinos com quadros clínicos de metrite, mastite e pododermatite e de suínos com metrite, pneumonia, abscessos e artrite, provenientes de diferentes estados brasileiros. As estirpes foram isoladas entre os anos de 2015 e 2019 e foram identificadas pela espectrometria de massa MALDI TOF e pela reação em cadeia pela polimerase. Posteriormente foi feita a genotipagem por polimorfismo do comprimento de fragmentos amplificados (AFLP) e a determinação do perfil de resistência por microdiluição em caldo. Pelo AFLP foram identificados 18 perfis genotípicos que formaram dois grupamentos principais discriminando as estirpes segundo o hospedeiro (bovino e suíno). Enquanto as estirpes de origem bovina foram reunidas de acordo com o rebanho, as estirpes suínas tiveram alta heterogeneidade dentro do mesmo rebanho. A partir dos resultados de concentração inibitória mínima (CIM) foram identificados dez perfis de resistência para as estirpes bovinas e vinte e nove perfis de resistência para as estirpes suínas. Não foi identificada uma correlação entre os perfis de resistência antimicrobiana e os perfis genotípicos. Todas as estirpes suínas foram resistentes à doxiciclina, oxitetraciclina e clindamicina, além de terem altas taxas de resistência aos macrolídeos, à tiamulina, à espectinomicina e à neomicina. Das estirpes bovinas, 62,8% foram resistentes à neomicina, 34,9% à gentamicina, e 25,6% à oxitetraciclina. Todas as estirpes do estudo foram sensíveis ao ceftiofur e apenas uma estirpe bovina foi resistente à ampicilina e penicilina. Portanto, os beta- lactâmicos são a classe de antimicrobianos de escolha para o tratamento da infecção em ambas as espécies. As estirpes de origem suína apresentaram 100% de multirresistência e as estirpes de origem bovina apenas 14%. Tendo em vista a discriminação genotípica das estirpes e as diferenças nos padrões de resistência, é provável que os isolados avaliados sejam pertencentes a subespécies diferentes. Os altos níveis de multirresistência observadas nas estirpes de suínos indica a importância do monitoramento desta espécie nos rebanhos para evitar a disseminação de linhagens multirresistentes e de potencial zoonótico. |