Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dalmutt, Andressa Carine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-24022023-183956/
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Resumo: |
Salmonella enterica é um importante agente bacteriano de caráter zoonótico que está amplamente disseminado nos sistemas de produção de suínos. Tendo em vista o crescimento do uso intensivo de antimicrobianos na produção animal nos últimos anos, o presente estudo tem por objetivo principal avaliar a evolução do perfil de resistência a antimicrobianos de estirpes de Salmonella enterica isoladas nos anos de 2012 e 2020, em um sistema integrado de produção de suínos da região Sul do Brasil. Foram analisadas 145 estirpes de Salmonella enterica isoladas em 2012 e 46 isoladas em 2020. Os isolados foram submetidos a determinação da concentração inibitória mínima, caracterização genotípica e identificação do sorotipo e MLST pelo sequenciamento do genoma. A frequência de isolamento foi de 32,2% em 2012 e 10,2% em 2020. Considerando as fases de produção, no ano de 2012 a maior frequência de isolamento foi observada em animais de creche (67,3%), e em 2020 a maior taxa de isolamento ocorreu em animais de terminação (18%). O AFLP revelou tendência em agrupar os isolados segundo as fases de produção e sorotipo. Foi observado aumento na taxa de resistência frente a maioria dos antimicrobianos entre os anos de 2012 e 2020. Os maiores níveis de resistência identificados foram ao ácido nalidixico, florfenicol, sulfadimetoxina, ampicilina, oxitetraciclina e amoxicilina/ácido clavulânico. Os sorotipos com maiores taxas de resistência foram Typhimurium, I4,[5],12:i:-, Panama e Derby em 2012 e Typhimurium, Derby, I 4,[5],12:i:- e London em 2020. Os isolados de 2020 apresentaram 91,3% de multirresistência, contra 80% em 2012. Os resultados obtidos indicam que apesar da redução nas taxas de isolamento de Salmonella nos sistemas de produção entre 2012 e 2020, houve aumento nos níveis de resistência e de multirresistência das estirpes. Esses dados indicam que foram realizadas ações visando o controle do patógeno, mas dentre essas ações o uso de antimicrobiano deve ter sido intensificado, levando ao aumento das taxas de resistência. |