Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Kronka, Amanda Rafaela Silveira Goshima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-23032018-143216/
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Resumo: |
O Ministério da Saúde define Saúde da Família como estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Esta equipe oferece Assistência Integral, levando em consideração o meio ambiente e os comportamentos interpessoais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Assistência Domiciliar é entendida como oferta de serviços de saúde por prestadores formais e informais para promover, restaurar e manter o conforto e saúde das pessoas em nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Neste contexto, a Atenção Domiciliar (AD) é valioso instrumento de monitorização da situação de saúde das famílias pelas equipes de saúde, favorecendo o acompanhamento clínico e melhores prognósticos, evitando a hospitalização e suas consequências, sendo considerada importante recurso de humanização do atendimento. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos indivíduos atendidos em AD pelas equipes dos Núcleos de Saúde da Família ligados à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, localizados no Distrito de Saúde Oeste do Município de Ribeirão Preto/SP. O estudo se deu entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016 com vistas a nortear estratégias de aprimoramento do atendimento através do planejamento e organização do trabalho do profissional executor da visita domiciliar (VD), favorecendo maior resolubilidade da(s) demanda(s) e maior satisfação do usuário. Realizou-se um estudo de corte transversal coletando informações sobre os usuários assistidos por esta modalidade de cuidado e sobre o processo de AD, através de questionários elaborados com base na literatura sobre o assunto. Entre os 150 pacientes visitados, 106 (70,7%) eram mulheres, 66 (44%) eram casados, 84 (56%) eram aposentados, 101 (67,3%) pertenciam a famílias anciãs, 84 (56%) possuíam ensino fundamental e 102 (68%) tinham cuidadores. Com relação à média de idade, o NSF 2 apresentou a maior média de idade (72,5) e o NSF 5 a menor média (59,9). Os diagnósticos mais encontrados foram Acidentes Vasculares Cerebrais [21(14%)] e Demência [16(10,7%)] e as classes de medicamentos mais utilizadas foram anti-hipertensivos [93(62%)]. Com relação às modalidades de AD, 128 (85,3%) visitas foram classificadas como AD1, 13 (8,7%) como AD2 e somente 9 (6%) como AD3. Também foram avaliadas outras características da AD e observou-se que 137 (91,3%) das VD\'s realizadas foram agendadas, 65 (43,33%) estavam em acompanhamento domiciliar e somente 30 (20%) foram busca ativa. Após as VD\'s, 83 (55,3%) pacientes mantiveram-se em acompanhamento domiciliar e 65 (43,3%) pacientes retornaram para seguimento na Unidade. Por fim, os resultados permitem delinear o perfil de vida e saúde dos pacientes, sendo a maioria idosos, mulheres, aposentados, pertencentes à famílias anciãs, possuindo cuidadores e os diagnósticos prevalentes foram doenças crônicas degenerativas. Ademais, identificou-se a necessidade de fortalecimento de ações de prevenção e promoção de saúde, reduzindo-se complicações e internações desnecessárias. Assim, políticas públicas específicas voltadas principalmente para a população mais idosa devem ser consideradas prioridades. Além disto, as AD se realizavam de forma quase intuitiva, provavelmente em decorrência da alta demanda que as unidades precisam atender, evidenciando a necessidade de sistematização da atividade. |