Consequências acústicas da variação tonal na emissão de vogal cantada em sopranos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Glaucia Verena Sampaio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-08022019-075321/
Resumo: INTRODUÇÃO: as possibilidades de inspeção acústica de dados, assim como suas correlações com aspectos perceptivos e fisiológicos, favorecem a análise do comportamento vocal. Na voz cantada tem-se características específicas de todos os parâmetros envolvidos durante o mecanismo de fonação sendo possível analisá-los acusticamente. OBJETIVO: descrever e analisar a frequência fundamental e formantes na variação tonal na vogal /a/ em sopranos. MÉTODOS: a amostra foi composta por 30 participantes do sexo feminino sem queixa vocal na faixa etária de 20 a 45 anos. Todas as emissões foram gravadas com a vogal /a/ sustentada durante cinco segundos com três repetições na frequência grave (C3 - 261 Hz), média (Eb4 - 622 Hz) e aguda (Bb4 - 932 Hz) confortável para classificação vocal. No total foram analisadas 90 amostras com extração digital da frequência fundamental (f0) e dos cinco primeiros formantes (F1,F2,F3,F4 e F5) e confirmação manual. Para análise estatística foi aplicado o teste de aderência Shapiro-Wilks e o teste de Friedmann para comparação de amostras pareadas. RESULTADOS: nas emissões em tons grave e médio, foram observados maiores valores nas frequências dos cinco primeiros formantes em relação ao valor de f0. Observou-se aproximação entre F1 e F2 nas duas tonalidades, com aglomerado de harmônicos na região de F3, F4 e F5 no tom grave e aproximação entre F3 e F4, pico em F5 e sintonia de harmônicos no tom médio. No entanto, na emissão em tom agudo, observou-se aumento dos valores de F2, F3, F4 e F5 em relação à f0, bem como a aproximação entre eles, além de sintonia entre f0 e F1, H2 e F2, H3 e F3, H4 e F4, e H5 e F5. CONCLUSÃO: as mudanças de tonalidade mostram diferenças no comportamento da frequência fundamental e dos formantes do som em sopranos. A comparação das emissões em f0 nas três tonalidades mostra modificações específicas do trato vocal harmônicos, com faixa de ganho extra em 261 Hz, sintonia entre picos de formantes e harmônicos em 622 Hz e equiparação de f0 e F1 em 932 Hz