Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Delmanto, Júlio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-29052013-102255/
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Resumo: |
Enquadradas arbitrariamente no mesmo termo generalizante drogas, diversas substâncias psicoativas de diferentes efeitos e tradições foram proibidas a partir do começo do século XX por conta de interesses morais, econômicos e políticos justificados por um questionável discurso defensor da saúde pública. A proibição destas substâncias não incidiu sobre seus possíveis efeitos danosos e trouxe consigo uma série de outrosproblemas, como violência do crime e do Estado, corrupção, criminalização da pobreza,encarceramento em massa,ingerência imperial sobre territórios desejados e ingerência estatal sobre a vida privada dos cidadãos. Mesmo assim, com algumas exceções, a questão não ocupou lugar de destaque nos programas e na atuação das organizações de esquerda no Brasil, que invariavelmente ignoraram esta questão, quando não se posicionaram favoravelmente ao proibicionismo. Inspiradas em ideais de hierarquia, disciplina e sacrifício militante,e considerando o uso depsicoativosmajoritariamentepela chave explicativa da fuga da realidade, estas organizações tiveram pouca sensibilidade para propor outros meios que não o repressivo e o penal para se lidar com problemas decorrentes do abuso no uso de drogas, e menos vezes ainda para lidar com formas alternativas de exploração das tecnologias de si, como definiu Michel Foucault. Além de traçar um panorama das origens da proibição das drogas e seus efeitos, este trabalho investiga que tipo de tratamento foi dado pela esquerda à questão das drogas após 1961 ano tanto da aprovação da Convenção Única sobre Narcóticos, da ONU, quanto dos primeiros rompimentos com o PCB, processo que representou uma reconfiguração na esquerda brasileira. |