Desafios para permanência no ensino superior: um estudo a partir da experiência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Sonia Maria Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06122017-142006/
Resumo: A presente pesquisa, que investigou os diferentes desafios que podem ser enfrentados por alunos cotistas negros em relação à permanência em uma universidade pública, teve como lócus a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Campus São Paulo, e foi conduzida com alunos dos cursos de Ciências Biomédicas, Enfermagem, Fonoaudiologia e Medicina. Para isso, foram realizados um questionário online e entrevistas, os quais buscaram examinar, do ponto de vista dos alunos, como se dá a convivência no ambiente acadêmico, de que forma se estabelecem as relações com colegas, professores e qual o papel do apoio institucional e como esses fatores podem afetar a decisão de permanecer na universidade. A metodologia da pesquisa sobre a permanência dos alunos cotistas negros se baseou em estudos realizados por Tinto (1993), Bean (1980), Cabrera (1994, 1996) e Azzi, Mercuri e Moran (1995). A análise teve como referência estudos realizados por Zago (2006), Belettati (2011) e Ezcurra (2009), que têm como foco a experiência de ingresso de estudantes de camadas populares no ensino superior. A análise também considerou as desigualdades raciais vivenciadas por alunos negros em todos os níveis de ensino, os mecanismos atuantes de racismo institucional que as perpetuam, além de apresentar um panorama das ações afirmativas, na modalidade cotas, a partir dos autores Guimarães (2003), Munanga (2001), Mohelecke (2002). Os dados levantados apontaram que grande parte dos desafios se encontram no âmbito financeiro, como moradia, transporte, alimentação e na necessidade de ações ou programas que contribuam para o desenvolvimento acadêmico, além do reconhecimento e da valorização do pertencimento racial, com espaços e instâncias dentro da universidade para encontros, discussões e apoios entre pares.