Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Júlia Speranza Zabeu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-26082019-171508/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Portaria nº 2.776 aponta a obrigatoriedade da terapia fonoaudiológica para crianças com deficiência auditiva usuárias de implante coclear para a construção da linguagem oral por meio da via auditiva. O acesso gratuito às terapias em suas cidades de origem é uma das principais dificuldades devido à falta de capacitação dos fonoaudiólogos; falta de informação das famílias e ausência de gestão integrada da rede. Frente ao compromisso do serviço de referência em oferecer assessoria técnica especializada à contrarreferência e às dificuldades de acompanhamento com procedimentos mais efetivos de terapia, faz-se necessário novas propostas. OBJETIVO: Propor programa intensivo de habilitação auditiva para crianças e famílias associado rotina de acompanhamento em serviço de referência de implante coclear. MÉTODOS: Estudo prospectivo longitudinal desenvolvido pelo Departamento de Fonoaudiologia (FOB-USP) e pela SIC-HRAC-USP. Participaram do estudo cinco crianças usuárias de implante coclear, máximo de 12 meses de idade auditiva, suas mães/avó, selecionadas aleatoriamente. Programa composto de três módulos presenciais, duas semanas sequenciais cada, três terapias individuais/dia, uma sessão de grupo diária. Utilizada a Abordagem Aurioral, com atendimento centrado na família; planejamento terapêutico individualizado, objetivos gerais relacionados a família, acompanhamento fonoaudiológico na cidade de origem e construção da linguagem oral pela via auditiva. Nos dois intervalos à distância entre os módulos foram disponibilizados materiais para continuidade pela família dos trabalhos iniciados. A avaliação das crianças ocorreu com protocolo padronizado quanto ao desenvolvimento auditivo e de linguagem oral, para avaliação da satisfação das famílias utilizou-se o Questionário de Procedimentos de Tratamento. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Houve 100% de adesão das famílias. Houve necessidade de remodelação da estrutura do Programa quanto à diminuição do número das sessões e introdução de terapia em grupo para as crianças para diminuir cansaço e desmotivação das mães/avó. O uso dos materiais usados nos intervalos a distância auxiliou no aumento da motivação. Os atendimentos individuais e as sessões de grupo foram ricos quanto à troca de experiências. As atitudes facilitadoras e estratégias de estimulação nas vivências diárias foram incorporadas pelas mães/avó. Observou-se maior dificuldade para a mãe 5 em incorporar as estratégias terapêuticas, e maior dificuldade para mãe 3 em incorporar as técnicas terapêuticas. Nos intervalos a distância verificou-se baixa adesão ao site e e-mail e aumento da adesão ao aplicativo WhatsApp®. Notou-se dificuldades em conciliar a rotina com as brincadeiras de estimulação nos intervalos à distância. Houve superação das dificuldades, notou-se mudança no comportamento das mães/avó relacionado ao empoderamento frente ao conhecimento adquirido, que se refletiu na evolução das crianças, de modo que quanto maior a participação das mães melhor evolução apresentada pela criança. Em audição e linguagem verificouse evolução para todas as crianças, as crianças 1 e 2 apresentaram desempenho crescente de acordo com o esperado para idade auditiva; já as crianças 3, 4, e 5 ficaram aquém. Observou-se alta satisfação das famílias quanto ao Programa. CONCLUSÃO: Elaboração de um modelo de terapia intensiva viável e replicável para intervenção na habilitação auditiva de crianças, com adesão positiva das famílias e necessidade de proposta dinâmica em conformidade com a avaliação contínua dos participantes. |