Distribuição espacial e temporal de espécies simpátricas de Leptodactylus do grupo fuscus em áreas naturais e antrópicas na região de Itirapina e Brotas, sudoeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Oyamaguchi, Hilton Masaharu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-15082007-114553/
Resumo: Espécies de anfíbios anuros de áreas abertas tendem a ser mais generalistas e, portanto, são consideradas mais tolerantes à perturbação ambiental. No entanto, pouco se sabe sobre o efeito da degradação ambiental sobre estas espécies. Este trabalho teve como objetivo observar os efeitos das modificações ambientais antrópicas sobre a distribuição espacial e temporal de espécies simpátricas de anfíbios de Leptodactylus do grupo fuscus (Leptodactylus fuscus, L. mystacinus, L. furnarius e L. jolyi) típicas de ambientes abertos e que apresentam parentesco próximo. O estudo foi realizado em área natural de cerrado aberto na Estação Ecológica de Itirapina (EEI) e áreas adjacentes modificadas pelo homem na região sudeste do Brasil entre outubro de 2004 a fevereiro de 2005. Os resultados do presente trabalho sugerem que mesmo em espécies de anfíbios com parentesco próximo e que apresentam características ecológicas semelhantes podem apresentar sensibilidade diferenciada à perturbação no habitat. Dentre as quatro espécies estudadas, Leptodactylus jolyi aparenta ser a espécie mais sensível à degradação ambiental, ocorrendo somente em área natural. Estas diferenças na tolerância à perturbação ambiental provavelmente devem estar relacionadas à amplitude de nicho de cada espécie. Portanto, generalizações sobre a tolerância à perturbação ambiental de espécies de anfíbios de áreas abertas devem ser evitadas. Por outro lado, as espécies mais tolerantes podem ser favorecidas pela atividade antrópica, como em áreas urbanas, pois nestes locais provavelmente há a disponibilidade de recursos mais constantes que em área natural. No presente trabalho foi observado que estas espécies (L. fuscus, L. mystacinus e L. furnarius) apresentaram temporada de atividade de vocalização mais prolongada em áreas urbanas do que em áreas naturais de cerrado. Talvez isso possa refletir em um maior tempo de atividade reprodutiva que resulte em um maior sucesso reprodutivo. No entanto, no presente trabalho a atividade reprodutiva destas espécies não foi estudada.