Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Lucas Lage |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25042024-113753/
|
Resumo: |
Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbito global. Atualmente, reconhece-se que sua base fisiopatológica consiste não apenas do acúmulo de lípides na parede arterial, como também de uma resposta inflamatória crônica à lesão vascular. Tendo em vista o importante componente proliferativo-inflamatório no desenvolvimento e progressão da doença aterosclerótica, uma estratégia de tratamento baseada em fármacos antiproliferativos e imunomoduladores, como os usados no tratamento do câncer, pode ser uma nova rota terapêutica promissora. Em modelos animais, foi demonstrado que após injeção endovenosa, as nanopartículas lipídicas (LDE) se ligam aos receptores de LDL, concentrando-se nas placas ateroscleróticas. Quando tratados com paclitaxel associado à LDE, verificamos uma redução de 60% das lesões ateroscleróticas na aorta desses animais, não sendo observado sinais de toxicidade importante. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, randomizado, duplo cego, controlado por placebo que incluiu indivíduos acima de 18 anos com doença arterial coronariana (DAC) multiarterial. Os pacientes, foram randomicamente alocados em dois grupos: um grupo tratado com LDE-paclitaxel e um grupo placebo. Os pacientes receberam por via endovenosa 175 mg/m2 de LDEpaclitaxel ou placebo uma vez a cada 3 semanas por 18 semanas. Os pacientes de ambos os grupos mantiveram terapia medicamentosa otimizada para DAC, conforme as diretrizes atuais. Em ambos os grupos, os pacientes foram submetidos à angiotomografia computadorizada de coronárias e à determinação de marcadores inflamatórios antes da primeira dose da medicação e até 4 semanas após a última dose da medicação. Além disso, foram realizados exames clínicos e laboratoriais a cada 3 semanas em todos os pacientes, a fim de avaliar toxicidade medicamentosa e incidência de eventos adversos. Resultados: Foram randomizados 40 indivíduos com uma média de idade de 65,6 ± 8 anos, em uma proporção de 1:1 entre os grupos. Um total de 58% dos indivíduos apresentava diabetes, 50% história de IAM e 91% dos pacientes estavam em uso de estatina e aspirina. Não houve diferença em relação às características basais clínicas e laboratoriais em ambos os grupos. Em nenhum paciente incluído no estudo foi observada toxicidade clínica ou laboratorial importante. Em relação aos biomarcadores inflamatórios, houve uma tendência não significativa de redução dos níveis de IL-6 e PCRus no grupo LDE-paclitaxel (-16% e -28%, respectivamente), sendo que o mesmo achado não foi observado no grupo placebo. Em relação à progressão angiotomográfica da placa aterosclerótica, os volumes médios de placas apresentaram grande variação, sendo que nenhuma diferença foi observada entre os grupos durante após o seguimento. Conclusão: O uso da formulação LDE-paclitaxel mostrou-se segura em pacientes com DAC multiarterial e com um potencial efeito na modulação da resposta inflamatória através da via da IL-6 |