A carne cibernética: um estudo semiótico sobre corpo e ética no romance de fcção científica Androides sonham com ovelhas elétricas? de Philip K. Dick

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gomes Junior, Edison
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17092015-164752/
Resumo: Esse estudo pretende analisar como o corpo está presente no texto literário tanto no que tange à sua expressão, assim como ao seu conteúdo. A partir da semiótica do discurso, que elabora a ideia de enunciação viva (nos moldes propostos por Jacques Fontanille), e da semiótica do vestígio, que explora a ideia de um enunciador corporificado (proposta pelo mesmo autor), cujo corpo deixa vestígios no texto, desejase entender as manifestações expressivas e figurativas do corpo no romance distópico de ficção científica Androides sonham com ovelhas elétricas? de Philip K. Dick. Acreditase que dentro do período histórico em que foi escrito, denominado de pós-moderno e pós-humano por alguns teóricos, e motivado por um rearranjo semiótico propiciado a partir da Segunda Guerra Mundial, que gerou um novo contexto para a produção de sentido, o sujeito e seu corpo sofreram transformações que se encontram como vestígios textuais e discursivos na obra analisada, através de esquemas corporais que orientam o seu andamento e figuração. O estudo tenta resgatar esse novo sujeito e corpo a partir da enunciação literária, e, levando em conta as estruturas axiológicas abstratas fundamentais do percurso do sentido, vida / morte e natureza / cultura, ambas ligadas ao corpo, explorar a discussão ética que a narrativa suscita.