Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Alkmin-Carvalho, Felipe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-10102014-123404/
|
Resumo: |
Sofrer bullying na infância e na adolescência se configura como fator de risco para a instalação e manutenção de problemas de comportamento e de transtornos psiquiátricos. A adversidade familiar, por sua vez, contribui para o envolvimento em situações de bullying. Os objetivos do presente estudo foram: (1) avaliar e comparar os escores de problemas de comportamento em dois grupos (vítimas e não vítimas de bullying), obtidos por meio do autorrelato e do relato dos professores e (2) verificar correlações entre os escores de adversidade familiar e de problemas de comportamento nos dois grupos. Participaram 154 adolescentes, dos quais 31 (20,1%) foram identificados como vítimas de bullying, por meio da Escala de Violência Escolar (EVE) e da versão traduzida do Peer Assessment. Para avaliar os problemas de comportamento foram utilizadas as versões brasileiras do Youth Self Report/11-18 (YSR) e do Teacher Report Form (TRF). O índice de adversidade familiar (IAF) avaliou o nível de adversidade familiar entre as famílias. Mais adolescentes vítimas de bullying foram avaliados com problemas de comportamento internalizantes, externalizantes e totais em nível clínico, quando comparados ao grupo de não vítimas. As maiores diferenças entre grupos foram verificadas na subescala de Depressão e Ansiedade, a partir do relato dos adolescentes, e na escala de Comportamento Agressivo, de acordo com os professores. Os alunos alvos de bullying relataram mais problemas de comportamento internalizantes (F=13,3 e p=0,001) e menos problemas de comportamento externalizantes (F=6,63 e p=0,013), quando comparados ao relato de seus professores. A presença de discórdia conjugal foi mais frequente em famílias de alunos vítimas de bullying, atingindo diferença estatisticamente significativa entre os grupos ( 2 =4,2 e p=0,04). Houve correlação positiva e ligeira entre os escores de problemas de comportamento, relatados pelos alunos, e os escores de adversidade familiar (=0,288 e p=0,001). Embora os escores de problemas de comportamento, sobretudo internalizantes, relatados por vítimas de bullying tenham sido significativamente superiores aos relatados por não vítimas, e tenham atingido níveis clínicos, os professores parecem não estarem sensíveis a estes indicadores. Identificar problemas de comportamento e características familiares adversas associadas à vitimização, assim como avaliar a percepção dos próprios envolvidos e de seus professores, contribui para o desenvolvimento de medidas preventivas de bullying em escolas brasileiras |