Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Peres, Marco Aurélio de Anselmo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-09032020-115629/
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Resumo: |
Objetivo. O objetivo principal deste estudo foi investigar as relações entre determinantes sociais e biológicos do período perinatal e da primeira infância na prevalência e severidade de cárie dentária em crianças de 6 anos de idade. Métodos. Foi realizado um estudo transversal para cárie dentária aninhado em uma coorte de nascidos vivos em Pelotas, RS, iniciada em 1993. O estudo transversal foi realizado em 1999. Os índices e critérios de diagnóstico de cárie dentária utilizados foram os preconizados pela Organização Mundial da Saúde (1997). Uma amostra de 400 crianças de 6 anos de idade foi selecionada a partir da uma amostragem de todos os nascidos vivos em Pelotas no ano de 1993. Como esta última incluiu todos os nascidos vivos de baixo peso ao nascer, foi necessário estabelecer um fator de ponderação para o estudo de saúde bucal, garantindo-se a representatividade da amostra. Os resultados do estudo de cárie dentária foram inseridos no banco de dados relativo às condições sociais e de saúde perinatais e infantis coletadas ao nascimento, no primeiro, terceiro, sexto e décimo segundo mês e no sexto ano de vida da criança. O índice ceo-d, que mede o ataque de cárie na dentição decídua, foi classificado de duas maneiras: 1) para a ocorrência de cárie: ceo-d 0 comparado com ceo-d >= 1; 2) para alta severidade da cárie: ceo-d 0 e 1 comparado com ceo-d >= 4. Foram realizadas distribuições de frequência das variáveis estudadas, análise univariada utilizando-se o teste Qui-quadrado e análise de regressão logística múltipla não condicional tendo como base um modelo hierárquico de determinação. Resultados. Os fatores de risco para a ocorrência de cárie foram: crianças cujas mães tiveram escolaridade igual ou menor que 8 anos (Odds Ratio (OR=2,0 [IC IND. 95% (OR)=1,2-3,3]), criança cuja renda familiar entre 1,1 a 6 salários mínimos (OR=2, 1 [IC IND. 95% (OR)=1,l-4,1]), criança cuja renda familiar foi igual ou menor que um salário mínimo (OR=3,0 0 [IC IND. 95% (OR)=1,3-7,0]), criança que não freqüentou pré-escola no sexto ano de vida (OR=2,6 [IC IND. 95% (OR)=1,5-4,6]) e criança cujo consumo de doces foi de, pelo menos, uma vez ao dia aos 6 anos de idade (OR=2,0 [IC IND. 95% (OR)=1,2-3,2]). Para alta severidade da cárie foram fatores de risco: criança oriunda da pequena burguesia tradicional (OR=8,7 [IC IND. 95% (OR)=1,3-58,9]), criança de famílias proletárias (OR=7,7 [IC IND. 95% (OR)=1,2-49,6]), crianças cujos pais estudaram até 8 anos (OR=2,2 [IC IND. 95% (OR)=1,2-4,1]), crianças que apresentaram déficit na relação altura/idade aos 12 meses de idade (OR=3,6 [IC IND. 95% (OR)=1,1-11,1]), criança que não freqüentou pré-escola no sexto ano de vida (OR=2,3 [IC IND. 95%(OR)=1,2-4,7]), criança cujo consumo de doces foi de, pelo menos, uma vez ao dia aos 6 anos de idade (OR=2,3 [IC IND. 95% (OR)=1,3-3,9]) e crianças que escovavam seus dentes menos que uma vez ao dia aos 6 anos de idade (OR=3,1 [IC IND. 95% (OR)=1,1-9,0]). Estes fatores de risco foram controlados para possíveis fatores de confusão. Conclusões. Os fatores de risco para cárie dentária são comuns a outras doenças e agravos infantis. Medidas preventivas devem ser dirigidas aos fatores comuns de risco adotando-se uma estratégia de base populacional. |