Eventos seqüenciais na plasticidade do nervo tibial anterior de ratos utilizando tubulização-látero-terminal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fresnedas, Bruno César
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-11022020-131507/
Resumo: Introdução. Lesões no sistema nervoso periférico (SNP) constituem ocorrência comum. A compreensão dos processos biológicos envolvidos na sua regeneração é essencial para a evolução da prática clínica. O modelo de tubulização término-terminal (TTT) tem sido utilizado para este fim, pois permite o estudo dos eventos ocorrendo no lúmen do tubo, e a sua manipulação com a adição de fatores exógenos. Objetivos. Utilizamos uma variante da TTT, a tubulização látero-terminal (TLT), para analisar os eventos iniciais durante a tubulização, afetando tanto o nervo doador quanto o nervo receptor. Métodos. Ratas Wistar foram submetidas à secção do nervo fibular 3 mm abaixo da sua emergência do nervo isquiático. 5 mm do coto distal foram seccionados e constituíram no controle. No grupo TLT, o coto proximal foi suturado na pele, um tubo de silicone de 6 mm de comprimento foi suturado na lateral do nervo tibial e o coto distal foi suturado no tubo, criando uma lacuna de 5 mm. No grupo TTT, ambos os cotos do nervo fibular foram suturados nas extremidades do tubo de silicone, criando uma lacuna de 5 mm. A progressão da regeneração foi observada em três períodos; 24; 48 e 96 horas pós operação; utilizando as técnicas de Western Blot e imunohistoquímica para medir a expressão das proteínas: fibronectina, laminina, VEGF, S100B, GFAP e GAP43. Resultados. Foi observada a formação de cabo de regeneração unindo os dois cotos do nervo a partir das 48 horas, consistindo de fibronectina e laminina, com elevado número de neutrófilos, e na TTT, hemácias. Ocorreu maior aumento na expressão de proteínas associadas com lesão aguda (S100B e VEGF) e processo de regeneração axonal (GFAP e GAP43) no coto fibular proximal do que no coto tibial. A expressão da maioria das proteínas expressadas no cabo e no coto fibular distal igualaram-se após 96 horas, com exceção do VEGF, que foi mais elevado no grupo TTT, e o GAP43, mais elevado no nervo tibial da TLT 96 horas. Conclusão. A TLT sem janela epineural não causa dano no nervo doador, além de apresentar um perfil de expressão de proteínas no cabo de regeneração similar ao encontrado na TTT. O tempo de observação não foi o suficiente para observar diferenças entre os grupos experimentais no coto do nervo fibular distal.