Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Gebara, Rosangela Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-09122015-143841/
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Resumo: |
No ensino da medicina veterinária esta implícito o uso de animais para o aprendizado das mais diversas habilidades profissionais, sendo que na maioria das vezes os animais utilizados nas práticas pedagógicas sofrem algum tipo de prejuízo ou morrem para este fim. Com o aumento da preocupação ética em relação aos animais, nas últimas duas décadas, surgiu a necessidade de se substituir estes métodos de ensino onde havia prejuízo aos animais e ao aprendizado do aluno, por métodos humanitários. Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento e opinião dos alunos das Faculdades de Medicina Veterinária brasileiras acerca da implementação dos chamados “métodos substitutivos“ ao uso prejudicial de animais e os métodos que estão sendo utilizados atualmente. Foram obtidas 1383 respostas de estudantes de medicina veterinária de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, que responderam questionário semiaberto divulgado de forma online e as respostas foram submetidas à uma analise estatística que nos permitiu concluir que 47,9% dos entrevistados desconhecem a principal legislação acerca do uso de animais, 66,4% afirmaram conhecer o que é um método substitutivo ao uso de animais, 87,7% entendem como "uso prejudicial de animais” a eutanásia de um animal saudável para fins didáticos”; 55,6% acreditam que métodos substitutivos podem sim substituir o uso de animais, desde que seja o método apropriado e que a principal vantagem desta substituição seria o fato de que são métodos eticamente aceitáveis onde não há crueldade contra animais” (57,3%) e a principal desvantagem seria o custo para aquisição (51,8%). Cerca de 93% indicaram que há utilização de animais no seu curso, sendo que a principal espécie o cão (76,5%) e a anatomia apontada como a disciplina que mais utiliza animais. Quanto as aulas de técnica cirúrgica, o método mais citado foi o uso de cadáveres preservados (27,2%).Quanto a utilização de métodos substitutivos, 47,3% responderam que seus cursos utilizam estes métodos e que a disciplina que mais utilizava métodos como manequins, simuladores, vídeos, e softwares era a de anatomia, seguidas das disciplinas de clinica e cirurgia de pequenos animais, que utilizavam atendimento clinico de animais da comunidade ou de ONGs. De acordo com os dados analisados, podemos afirmar que os alunos de Instituições de ensino públicas tiveram mais contato com o conceito dos 3Rs que os alunos de Instituições de ensino privadas e que não há diferenças significativas entre as Instituições públicas e privadas quanto ao uso de métodos substitutivos. Diante destes resultados, faz-se necessário um esforço de toda comunidade acadêmica, dos docentes, dos coordenadores e do comitê de ética da escola no sentido de se desenvolver e implantar métodos didáticos humanitários e eficazes, que possam ir ao encontro das necessidades e posicionamentos éticos dos estudantes de medicina veterinária |