Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Galvan, Azucena Citlalli Jaso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03112016-161508/
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Resumo: |
O presente trabalho visa abordar as características do sistema político mexicano que permitiram o passo silencioso de um Estado com traços autoritários para um contrainsurgente. O sistema político mexicano, derivado da Revolução popular iniciada em 1910 e da criação do Partido Revolucionario Institucional(PRI), propiciou uma cultura política que fortaleceu a figura presidencial. Esta extrapolava as atribuições constitucionais e se legitimava tanto na política interna como na externa através do \"nacionalismo revolucionário\". Os governos de Gustavo Díaz Ordaz, Luis Echeverría e José López Portillo (1964-1982) estão marcados pela crise hegemônica evidenciada na radicalização das organizações de esquerda. Entre outros motivos, pelo esgotamento do modelo econômico desenvolvimentista, pela crise de representatividade do partido e falta de espaços para a participação política, pela corrupção das instituições e a escalada de violência do Estado contra a oposição. Nesses dezoito anos localizamos uma transformação nas formas de violência institucional pela assimilação da Doutrina de Segurança Nacional e a Doutrina Contrainsurgente dos Estados Unidos da América, por exemplo, na consolidação de grupos paramilitares pagos pelo Estado e treinados em norte-américa. O nacionalismo revolucionário possibilitou então que a submissão à ideologia estadunidense não fosse explícita, gerando dinâmicas repressivas (qualitativamente) similares às vivenciadas nas ditaduras latino-americanas. Ainda que o México tenha sido considerado uma democracia exemplar alheia às guerras sujas e aos golpes de Estado que comoveram o continente na segunda metade do século XX. O objetivo deste trabalho é salientar os elementos contraditórios existentes entre o discurso público, analisado a partir dos informes presidenciais, e o discurso elaborado desde os órgãos de segurança, isto é, os relatórios da Dirección Federal de Seguridad. Nessas contradições podemos ir avaliando as formas de alinhamento às doutrinas de segurança estrangeiras. |