Análise cinética da locomoção aplicada à técnica de transposição do músculo semitendinoso na reparação de hérnia perineal bilateral em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbosa, Procássia Maria Lacerda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-28012011-102914/
Resumo: A hérnia perineal é uma das afecções cirúrgicas frequentemente observadas na rotina da clínica cirúrgica de pequenos animais e acometem na sua maioria, cães machos, não castrados e acima de cinco anos. Apresenta elevado índice de recidivas e complicações pós-cirúrgicas, e devido a este fato, muitas técnicas foram preconizadas e utilizadas para a sua correção. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a locomoção cinética dos cães com hérnia perineal bilateral, submetidos à técnica de transposição do músculo semitendinoso antes e após a sua transposição; verificar a capacidade de adaptação do membro pélvico operado, após a transposição do semitendinoso, até 90 dias de pós-operatório e analisar a viabilidade dessa técnica de reparação em casos de hérnia perineal bilateral. Foram operados onze cães com diagnostico de hérnia perineal bilateral, no Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais junto ao Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (HOVET-FMVZ / USP). Todos foram submetidos à técnica de transposição do músculo e avaliados com exames baropodométricos antes e após a cirurgia, nos períodos de 30, 60 e 90 dias pós-operatório. As variáveis pico de força vertical (PFV) e impulso vertical (IV) foram utilizadas como parâmetros para a análise de mudanças na locomoção. A PFV e IV não mostraram diferença estatística (p> 0,05) entre os membros operados e não operados, respectivamente (18,62 0 &plusmn 4,93 e 18,51 &plusmn 3,75), indicando que não houve alteração na locomoção dos cães após a transposição do músculo semitendinoso. A diferença no comportamento dessas variáveis no período pré-operatório nos permitiu aferir que o desconforto provocado pela hérnia perineal possa interferir na locomoção do animal gerando assimetria, considerando que após o procedimento operatório a simetria da locomoção apresentou valores mais compatíveis dentro do normal. As diferenças em PFV e IV, embora não significativas, nos dá uma idéia da recuperação desses cães e sugere que a transposição não afeta a função locomotora do membro operado.