Cartilagem auricular suína e tela de polipropileno: análise biomecânica e tratamnto cirúrgico da hérnia perineal em cães.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25516 |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar o comportamento de materiais na herniorrafia perineal em cães, essa dissertação é composta de dois capítulos. O primeiro é um ensaio biomecânico comparando os materiais cartilagem auricular suína conservada em glicerina a 98% e tela de polipropileno, quanto à resistência à tração. O segundo trata-se de um estudo comparativo do tratamento cirúrgico da hérnia perineal em cães pela técnica de elevação do músculo obturador interno com reforço com a cartilagem auricular suína ou com a tela de polipropileno. O primeiro estudo foi desenvolvido no Laboratório de Biomateriais Certbio, no Campus sede da UFCG, utilizando seis amostras de cada material, com as quais foram realizados ensaios de resistência à tração. As amostras foram preparadas e cortadas em iguais tamanhos para que os testes fossem realizados. Observou-se uma superioridade da tela de polipropileno sobre a cartilagem auricular suína, demonstrando-se mais resistente à força aplicada. O segundo estudo foi realizado no Hospital Veterinário da UFCG, Campus de Patos, utilizando 11 cães e realizando 12 procedimentos cirúrgicos, distribuídos em dois grupos. O grupo GC foi composto pelos procedimentos em que utilizou-se como reforço da herniorrafia a cartilagem auricular suína e o GT por aqueles em que se empregou a tela de polipropileno. Foram realizados exames físicos e ultrassonográficos, antes das cirurgias e um, 10, 30, 60 e 90 dias após as mesmas. Durante a cirurgia foram avaliados o grau de atrofia muscular, o tipo de hérnia perineal de acordo com a localização e quais órgãos encontravam-se herniados. Na avaliação pós-operatória os animais foram avaliados inferindo-se a presença ou não de complicações, avaliação da ferida cirúrgica, resistência do diafragma pélvico, dificuldade em defecar e urinar, avaliação do reto e de recidivas. Apenas um animal do GC apresentou recidiva após 90 dias de pós operatório e dois animais, um do GC e o outro GT, apresentaram migração da hérnia perineal para o lado contralateral. Dentre as principais complicações, um animal do GC apresentou incontinência urinária após um dia de pós operatório, que persistiu até o final do período experimental. Nenhum animal apresentou infecção, sinus, seroma ou deiscência de sutura, porém no GC, nos momentos iniciais (M1, M2) ocorreu edema ao redor da ferida cirúrgica. A cartilagem auricular suína conservada é uma alternativa para o reforço adequado na reparação da hérnia perineal pela técnica de elevação do músculo obturador interno e apresenta comportamento biológico semelhante à tela de polipropileno, sem sinais de rejeição. |