Resumo: |
INTRODUÇÃO: O presente estudo seguiu a premissa que o controle neuromotor da fala é influenciado por sinais externos em todos os falantes. Visando compreender melhor a interferência dos sinais externos da fala, antes e após o tratamento fonoaudiológico, o objetivo do estudo foi (1) comparar as diferentes tarefas de fala em indivíduos gagos e em indivíduos fluentes; (2) verificar se houve algum impacto na diferença entre as tarefas de fala no póstratamento; (3) comparar os resultados do pós-tratamento quantitativamente e qualitativamente. MÉTODO: Os participantes deste estudo foram 20 adultos, 10 com gagueira (8 do sexo masculino e 2 do sexo feminino - idade média de 30,5 anos) e 10 controles, pareados por gênero e idade com o grupo pesquisa. O estudo comparou a performance dos participantes em seis diferentes tarefas de fala no pré e no pós-tratamento. As tarefas de fala analisadas foram: monólogo, conversação, leitura individual, leitura em coro, fala automática e canto. Os resultados obtidos também foram comparados quanto à auto percepção da funcionalidade da fala, por meio do ASHA NOMS. RESULTADOS: Houve diferença significativa (p < 0,001) entre algumas tarefas de fala no grupo pesquisa e no grupo controle. As tarefas de fala indutoras de fluência - leitura em coro, fala automática e canto - aproximou o grupo pesquisa do grupo controle. No pós-tratamento a única tarefa que apresentou diferença significativa foi o monólogo. Não houve diferença significativa entre o ASHA NOMS no pré e no pós-tratamento para nenhum dos grupos estudados. CONCLUSÕES: Os resultados indicaram que o controle neuromotor da fala é influenciado por sinais externos em todos os falantes. Houve diferença nas tarefas de fala no pós-tratamento, principalmente no monologo. Não houve diferença nos dados do ASHA NOMS no pré e no pós-tratamento no grupo pesquisa e no grupo controle |
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