Estrutura de capital e oportunidades de crescimento: uma análise dos determinantes do endividamento em diferentes contextos empresariais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Kayo, Eduardo Kazuo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12134/tde-21112019-103506/
Resumo: A teoria de estrutura de capital ocupa-se do debate sobre a existência de uma composição ótima entre capital próprio e capital de terceiros e sobre os determinantes desse ponto ótimo. De um lado, Modigliani e Miller, ou simplesmente MM, defendem a irrelevância da estrutura de capital, ou seja, afirmam que o valor de um empresa depende apenas da qualidade das decisões de investimento. Do outro lado, os tradicionalistas defendem a idéia de que existe uma estrutura ótima de capital. Nos anos subseqüentes ao início da controvérsia entre MM e tradicionalistas, a teoria de estrutura de capita! desenvolve outras correntes de pensamento. As mais importantes referem-se aos conflitos de agência, informações assimétricas, interações de mercado, controle corporativo e tributação. Os trabalhos empíricos na área de estrutura de capital têm concentrado esforços para entender a influência de algumas variáveis consideradas determinantes do endividamento empresarial. De acordo com a teoria, dentre essas variáveis incluem-se os benefícios fiscais não relacionados à dívida, singularidade do produto, tamanho da empresa, lucratividade, crescimento, entre outras. Recentemente, alguns pesquisadores têm enfatizado a oportunidade de crescimento como principal determinante. McConnell e Servaes (1995, p.131) encontraram evidências de que em empresas com grandes oportunidades de crescimento o valor corporativo é negativamente correlacionado com o endividamento ao passo que em empresas com baixas oportunidades de crescimento o \"valor corporativo é positivamente correlacionado com o endividamento. A metodologia de separação das amostras, utilizada por McConnell e Servaes, sugere a existência de um ciclo de vida da estrutura de capital, a exemplo do ciclo de vida do produto. A metodologia da pesquisa inclui a aplicação da análise de regressão e outros meios de tratamento de dados, como a estatística descritiva e o teste Kruskal-Wallis. Procura-se achar evidências do relacionamento entre o endividamento e seus determinantes em diferentes contextos empresariais (ou de X crescimento). Os resultados da pesquisa mostram, principalmente, que, dependendo do contexto empresarial (1) algumas variáveis mostram-se mais importantes que outras, (2) algumas teorias mostram-se mais relevantes que outras e (3) a relação de alguns determinantes com o endividamento pode ser diferente.