Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pires, Isabela Cristina Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-19052015-152710/
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Resumo: |
O lodo de esgoto (LE) aplicado em solos de florestas plantadas, com base no critério do nitrogênio, pode aumentar a produção de madeira sem causar danos ao ambiente florestal. Entretanto, há necessidade de pesquisas para avaliar o aproveitamento dos nutrientes contidos no LE e para recomendar um manejo adequado em relação a sua aplicação no solo complementada pela fertilização mineral, considerando-se os aspectos de produtividade e econômico. Assim, objetivou-se analisar o efeito das combinações de doses de LE e de fertilizante mineral nitrogenado e fosfatado sobre a produção de biomassa seca e de volume de madeira de Eucalyptus grandis após 95 meses do uso do lodo, e avaliar a viabilidade econômica da recomendação de LE e de sua complementação com adubo mineral nitrogenado e fosfatado para o produtor florestal. O experimento foi instalado em área comercial da Suzano, em Angatuba-SP, aplicando-se doses de lodo (0; 7,7; 15,4 e 23,1 Mg ha-1, base seca), e de fertilizante mineral nitrogenado (0; 46,9; 95,1 e 142 kg ha-1), fosfatado (0; 27,7; 55,9 e 84 kg ha-1, P2O5), e potássico (175 kg ha-1 de K2O para todos os tratamentos, devido ao baixo teor deste nutriente no lodo); em delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 4x4x4, totalizando 128 parcelas. Para o objetivo específico do presente estudo, efeito das doses de lodo, foram tomadas aleatoriamente combinações de doses de N e P e dentre dessas foram estudadas todas as doses de LE aplicadas, totalizando 52 parcelas. A produção de biomassa seca e de madeira, calculada pela equação de Smalian, foram determinadas a partir de medidas coletadas aos 95 meses após 8 anos do plantio do eucalipto. Os valores de receita e de custos foram levantados no ano de referência de 2013. Para a avaliação da viabilidade econômica, utilizou-se o método do valor presente líquido anualizado (VPLA), considerando-se taxas de juros de 6 e 12% ao ano e que o produtor florestal arcaria com 0 ou 100% do custo do transporte do LE. Houve efeito linear das doses de LE sobre a produção de biomassa seca de lenho, casca, folha e galho e de volume de madeira. O LE na dose de 23,1 Mg ha-1 de LE, equivalente a 150% da dose de LE recomendada pelo critério do nitrogênio, propiciou a maior produção de matéria seca total, 187 Mg ha-1, e de tronco, 173 Mg ha-1 e de volume, 529 m3 ha-1, com incremento médio anual de 66 m3 ha-1 ano-1. Ao considerar o critério para a aplicação de LE, com base em N, e que o produtor florestal arcou com todo o custo de transporte deste resíduo, observou-se que o tratamento com maior retorno econômico foi o que utilizou a dose de 15, 4 Mg ha-1 de LE e 84 kg ha-1 P2O5 a taxas de juros de 6% a.a.; e aquele que aplicou 7,7 Mg ha-1 de LE e 28 kg ha-1 P2O5 a taxas de juros de 12% a.a. Quando o produtor florestal foi isento do custo de transporte do LE, o tratamento mais viável economicamente foi o que usou doses de 15,4 Mg ha-1 de LE e 84 kg ha-1 P2O5 para taxas de juros de 6 e 12% a.a. |