Prevalência e fatores associados à anemia em crianças e mulheres atendidas pela estratégia de Saúde da Família no Maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Frota, Maria Tereza Borges Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-08042013-101924/
Resumo: Introdução - A anemia é considerada um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, afetando as populações de quase todos os países, sobretudo aqueles onde predominam padrões dietéticos deficientes e fatores ambientais adversos. Objetivo - Investigar a prevalência e os fatores associados à anemia em crianças menores de cinco anos e mulheres em idade reprodutiva entre a população atendida pela Estratégia da Saúde da Família (ESF), no estado do Maranhão. Métodos Foi realizado um estudo de corte transversal de base populacional. A amostra se constitui de 978 crianças de seis a 59 meses e 978 mulheres de 15 a 49 anos de idade cadastradas na ESF em 21 municípios escolhidos por sorteio sistemático probabilístico entre as quatro macrorregiões e capital do Estado. A coleta de dados foi realizada em entrevistas domiciliares por meio de questionário aplicado junto às mães ou responsáveis pelas crianças, contendo informações sobre a situação socioeconômica e demográfica e de segurança alimentar da família, e das condições de saúde das mulheres e das crianças. Foram medidos peso e altura, para avaliação do estado nutricional e feita a dosagem da concentração de hemoglobina do sangue capilar com leitura imediata pelo hemoglobinômetro portátil Agabe®. A associação entre a anemia e as variáveis foi verificada primeiramente por análise bivariada e posteriormente por regressão de Poisson, segundo modelo hierarquizado. Resultados A prevalência média de anemia entre as mulheres foi de 36, por cento para o estado do Maranhão e 55,1 por cento para a capital, São Luís. Entre as crianças, a prevalência também foi mais elevada na capital (68,7 por cento ) em relação ao estado como um todo (51,6 por cento ). Tanto as mulheres como as crianças apresentaram prevalências mais elevadas na área urbana. O grupo de 6-23 meses de idade foi mais afetado pelo problema (65 por cento ) do que o de 24-59 meses (42 por cento ), assim como aquele cujas mães também apresentavam anemia (63,6 por cento ). A análise de regressão identificou como fatores de risco para a anemia em crianças ter idade inferior a dois anos, presença de anemia materna, coabitação de três ou mais crianças menores de cinco anos no domicílio e residir na capital do estado. Para as mulheres os fatores de risco associados à anemia foram morar na capital e estar acima do peso. Conclusões As elevadas prevalências de anemia encontradas em crianças e mulheres no Maranhão a configuram como um problema de saúde pública entre a população atendida pela ESF. É necessária a busca de intervenções factíveis de serem aplicadas uma vez que, tanto o Programa Nacional de Suplementação do Ferro, para lactentes, como o de fortificação das farinhas de trigo e de milho vigentes no Brasil não conseguiram fazer com que a prevalência avaliada através dos grupos crianças e mulheres em idade fértil esteja no limite aceitável. Igualmente há que considerar que dos fatores de risco detectados poucos são susceptíveis a modificação e estão relacionados ao consumo de alimentos e seus fatores determinantes