Prevalência de anemia e suas relações entre mães e filhos pré-escolares em um município de elevado Índice de Desenvolvimento Humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cintra, Silvia Maira Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-13042018-102353/
Resumo: Introdução - A anemia ferropriva, um importante problema de saúde pública tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos, afeta principalmente as crianças menores de cinco anos de idade e as mulheres em idade reprodutiva. Objetivo - Analisar a taxa de hemoglobina e a prevalência de anemia em mães cujos filhos menores de 5 anos de idade frequentam creches públicas de um município de elevado Índice de Desenvolvimento Humano. Métodos - Estudo de corte transversal. A amostra foi constituída por 230 pares de mães biológicas com idade entre 15 e 49 anos e seus filhos, menores de cinco anos de idade, que frequentavam creches públicas no município de Taubaté-SP. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário preenchido pelos responsáveis pela criança e de formulário aplicado às mães, para obter informações sobre fatores socioeconômicos e de saúde da mulher e da criança. Da mãe e de seu respectivo filho foram verificados o peso, a estatura e dosagem da concentração da hemoglobina do sangue capilar, com leitura imediata por hemoglobinômetro portátil. Foram feitas análises descritivas por meio de medidas de tendência central e dispersão, testes de proporções além de uma análise binária logística de múltiplas variáveis. Resultados - A prevalência de anemia nas mães foi de 9,6 por cento e nas crianças de 16,9 por cento. Para as mães, as variáveis analisadas que mostraram associação com anemia foram a idade, ter alguma doença, ter tido intercorrências obstétricas e ser atendida pela Estratégia de Saúde da Família, esta última aparecendo como fator de proteção para a mãe. Na análise multivariada apenas a Estratégia de Saúde da Família se manteve associada, enquanto as demais variáveis não mantiveram associação estatisticamente significante com a anemia. Paradoxalmente, a anemia materna não teve relação com a anemia do filho, bem como não houve correlação entre o nível de hemoglobina de mães anêmicas ou não anêmicas com o nível de hemoglobina de seus filhos. Conclusões - Apesar da anemia, nessa população de elevado Índice de Desenvolvimento Humano, ter prevalência baixa, segundo critério da Organização Mundial da Saúde, a mesma afetava uma em cada dez mães e uma em cada seis crianças. Isso evidencia que ainda há necessidade de atenção direcionada para esse agravo nas mulheres em idade reprodutiva e nas crianças com menos de cinco anos. Embora no grupo populacional haja semelhanças quanto às variáveis analisadas, é preciso um olhar atento às necessidades, principalmente em relação às crianças, com reforço na manutenção de ações intersetoriais entre saúde e educação, voltadas para a prevenção da anemia ferropriva.