Efeito da aplicação exógena de L-prolina e da suplementação luminosa no desenvolvimento e produção de pimentão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Fernando Ferraz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LED
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-19032020-104336/
Resumo: O estresse abiótico por altas e baixas temperaturas e o auto sombreamento de culturas conduzidas verticalmente são fatores que afetam a produção de hortaliças de frutos em cultivo protegido. O uso de LEDs para a suplementação luminosa no interior do dossel apresenta grande potencial para aumentar a fotossíntese na ocorrência do auto sombreamento. A luz também estimula a produção do aminoácido L-prolina em plantas, o qual tem papel importante no alívio do estresse abiótico devido à sua capacidade em reduzir o estresse oxidativo ocasionado por espécies reativas de oxigênio (EROs), sendo que a aplicação exógena desse aminoácido também pode favorecer a fotossíntese e a produtividade de culturas agrícolas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação foliar de L-prolina e da suplementação luminosa por LED no cultivo de pimentão vermelho em ambiente protegido, avaliando também as possíveis interações entre o aminoácido e a suplementação luminosa. Foram conduzidos, no mesmo local ao mesmo tempo, dois experimentos, sendo o experimento 1 com luz natural e suplementação luminosa no interior do dossel com lâmpadas LED (80% de luz vermelha e 20% de luz azul), e o experimento 2 com radiação solar natural sem a suplementação luminosa. Em ambos os experimentos foi utilizado o delineamento experimental de blocos casualizados contendo cinco tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos compostos pelo controle e por quatro doses de L-prolina aplicadas a cada 15 dias: 0, 30, 60, 90, 120 mg/L. O estudo foi conduzido em casa de vegetação com sistema de resfriamento evaporativo (Pad and Fan) no campo experimental do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP (Piracicaba/SP). Foram avaliadas características qualitativas dos frutos e a produtividade das plantas de pimentão, além dos parâmetros fotossintéticos, enzimas antioxidantes e quantidade de malonaldeído e de peróxido de hidrogênio (H2O2). Durante grande parte do ciclo de cultivo as temperaturas máximas e mínimas ultrapassaram as faixas de temperatura ideais para a cultura, configurando assim estresse térmico ao pimentão. A taxa fotossintética e as outras variáveis fotossintéticas como condutividade estomática, eficiência de carboxilação, taxa de transpiração e taxa aparente de transporte de elétrons, foram maiores com a suplementação por LED, e isso também configurou maior produção por planta e produtividade comercial. A dose de 90 mg/L de L-prolina ocasionou um aumento aproximado de 15% na produção total, produção comercial e produção por plantas e também aumentou a produção endógena de L-prolina, quando comparado ao controle. Todas as doses de L-prolina diminuíram a produção de H2O2 e aumentaram a quantidade da enzima antioxidante catalase (CAT) em relação ao controle, sendo que as doses de 60, 90 e 120 mg/L também aumentaram a atividade da CAT em relação à dose de 30 mg/L. Houve interação entre a suplementação luminosa por LED e a aplicação de L-prolina, com efeitos sinérgicos do LED e do aminoácido para aumentar a fotossíntese e os parâmetros fotossintéticos nas plantas, além de ampliar a produção endógena de L-prolina e alterar as atividades de CAT e H2O2.