A \"miragem\" do absoluto - Sobre a contraposição de Schopenhauer a Hegel: crítica, especulação e filosofia da religião

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ramos, Flamarion Caldeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-03092009-151426/
Resumo: Esta tese procura reconstruir a crítica de Schopenhauer a Hegel, para além das invectivas e juízos sumários. Embora não escreva um texto específico sobre esse tema, a posição crítica de Schopenhauer em relação a Hegel é formulada em vários momentos de sua obra. Nosso trabalho consiste, em um primeiro momento, em reconstruir a crítica de Schopenhauer, comparando-a com as posturas críticas de Schelling e Feuerbach. Trata-se de expor e analisar os argumentos de Schopenhauer de modo a construir uma imagem crítica da filosofia de Hegel e, ao mesmo tempo, mostrar em que sentido essa mesma crítica pode ser relativizada do ponto de vista da filosofia hegeliana. Nesse sentido, o presente trabalho procura refletir sobre a dificuldade implicada na tarefa de construir uma crítica da filosofia de Hegel, já que como mostrou Gérard Lebrun, Hegel oferece menos uma filosofia que um discurso que é mal compreendido sempre que tentamos julgá-lo a partir de nossos pressupostos discursivos. Num segundo momento, examinamos os pontos comuns da abordagem especulativa presente em ambas as filosofias e investigamos temas tais como a questão da determinação das coisas finitas em relação à realidade substancial, a tarefa da filosofia e o problema da exposição da verdade filosófica. Num terceiro e conclusivo momento, procuraremos contrapor a filosofia da religião de ambos os autores, pois como pretendemos mostrar, o tema da fronteira entre a filosofia e a religião é fundamental para estabelecer a oposição entre os autores sobre a questão central da exposição do absoluto e dos limites do conhecimento. Por fim, ofereceremos ainda alguns textos paralelos a essa tese que procuram refletir sobre as interpretações de autores como Lukács e Horkheimer sobre a contraposição entre Hegel e Schopenhauer.