Crescimento facial em indivíduos com fissura de lábio e palato unilateral completa (FLPUC): acompanhamento cefalométrico longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morais, Renan Victor Firmino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-02102020-135448/
Resumo: Objetivos: avaliar longitudinalmente por meio de análise cefalométrica, o crescimento craniofacial em 349 indivíduos com FLPUC, e a influência das técnicas de queiloplastia (Spina vs. Millard) e palatoplastia em um tempo (Furlow vs. Von Langenbeck), a idade no momento da cirurgia de palatoplastia (9 a 12 meses vs. 15 a 18 meses) e a influência dos quatro cirurgiões que realizaram a cirurgia sobre o crescimento craniofacial, e o percentual de casos com prognostico ortodôntico-cirúrgico na amostra total. Metodologia: foram avaliadas 698 telerradiografias laterais no \"software Dolphin Imaging 11.8\" com medidas angulares/sagitais de 349 indivíduos com FLPUC registrados no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais nas fases T1 (dentadura mista) e T2 (dentadura permanente). Resultados e Conclusão: observou-se que em T1 o número de casos com ANB <0 eram muito maiores que em T2. Após manejo ortodôntico-ortopédico, em T2, o ANB >0 aumentou pelo posicionamento mais anterior da maxila e devido a rotação horária da mandíbula; o SNA >80º aumentou consideravelmente, enquanto o SNB >80º reduziu consideravelmente, com tendência de rotação mandíbular no sentido horário, para baixo e para trás. Da amostra total (n=349), observou-se na fase T2 (após acompanhamento ortodôntico-ortopédico + EOA), um percentual de 9,73% com ângulo ANB de (-7º- a -1º), com provável prognóstico ortodôntico-cirúrgico e 70% dos casos com ANB >2º, compatível com os indivíduos normais sem fissura. A técnica de Queiloplastia (Millard ou Spina) não influenciaram nem na posição sagital da maxila (SNA), da mandíbula (SNB) e na relação maxilomandibular (ANB) na fase T1 eT2. A técnica de palatoplastia (VL ou Furlow) não influenciaram na posição maxilar (SNA) e mandibular (SNB), nas fases T1 e T2. No entanto, a técnica de VL influenciou mais negativamente no ANB do que a técnica de F, na fase T1. Na fase T2, o ANB foi similar nas técnicas VL e F. O comportamento sagital da maxila (SNA), mandíbula (SNB) não apresentaram diferença estatística entre os subgrupos operados pela técnica de: (S-F); (S-VL); (M-F); (VL), tanto em T1 como em T2. Somente a técnica M-VL (-2,58) mostrou-se menos favorável que M-F (-0,58) em T1, enquanto em T2, após o tratamento ortodôntico/ortopédico, todos os grupos (M-VL ; M-F, S-VL e S-F) tiveram a relação sagital corrigida e apresentaram a média dos ângulos ANB >+3º (próximo de um indivíduo sem FLP) e sem diferença estatística. O fechamento do palato em um único estágio, em idade precoce (9-12 meses) e tardio (15-18 meses) não apresentou diferença estatística no comportamento do SNA e SNB operados por diferentes técnicas (SF; SVL; MF; MVL), nas fases T1 e T2. Apenas na fase T1 o ANB apresentou uma discrepância mais negativa no grupo operado mais precocemente (ANB=-2,2) do que o grupo operado mais tardiamente (ANB=-1,3). Valor de p=0,03*. Na fase T2 essa diferença do ANB entre o grupo operado precoce e tardiamente foi corrigida após o manejo ortodôntico e ortopédico. A média dos dois grupos passaram de ANB negativo para um ANB acima de 3,5, compatível à de indivíduos sem fissura. Não houve diferença estatística na relação sagital da maxila (SNA) entre os quatro cirurgiões, nas fases T1 e T2. Houve diferença estatisticamente significante na relação maxilomandibular (ANB) na fase T1 entre os cirurgiões 2 e 3 (mais favorável). Em T2, todos os quatro cirurgiões apresentaram resultados satisfatórios, com ANB positivos e próximos dos valores médios de indivíduos sem fissura