O sistema Mutator em cana-de-açúcar: uma análise comparativa com arroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Saccaro Junior, Nilo Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-30012008-113943/
Resumo: Os elementos transponíveis (TEs) constituem grande parte do material genético de diversos eucariotos, alcançando entre 50-80% do genoma de gramíneas. Os projetos genoma proporcionaram um aumento das informações disponíveis sobre estes elementos, o que evidenciou sua importância e possibilitou o desenvolvimento de novas abordagens para seu estudo. O sistema Mutator (Mu) de milho é o mais ativo e mutagênico transposon de plantas. Além do elemento autônomo, MuDR, o sistema compreende ainda um conjunto de elementos bastante heterogêneo em sua seqüência e estrutura, chamados MuLEs, que podem conter até mesmo fragmentos de genes do hospedeiro. As seqüências de transposons mais abundantemente expressas no transcriptoma de cana-de-açúcar são relacionadas a MuDR e se agrupam em quatro clados (nomeados Classes I, II, II e IV), existentes antes da divergência entre Mono e Eudicotiledôneas. O trabalho apresentado aqui teve o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o sistema Mutator em cana-de-açúcar a partir da análise comparativa entre seqüências dessa planta e de arroz (cujo genoma está totalmente seqüenciado). Foi possível avaliar a abundância e diversidade do sistema Mu em gramíneas, ficando evidente uma amplificação de elementos clado-específica, tendo a Classe II sofrido uma explosão no número de cópias ao longo da evolução destas plantas. Análises estruturais revelaram que, enquanto as Classes I e II compreendem elementos com características de transposons, as Classes III e IV são, na verdade, transposases domesticadas. Foram completamente seqüenciados dois clones de BAC de cana-de-açúcar, um proveniente de cada parental do híbrido (Saccharum officinarum e Saccharum spontaneum), ambos contendo elementos da Classe III. Estes elementos foram caracterizados e a seqüência genômica de cana foi comparada com sua ortóloga em arroz, revelando um acúmulo de TEs nas regiões intergênicas.