Motivos que levam à escolha da esterilização entre mulheres usuárias do SUS - Feira de Santana - BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Carvalho, Neuza Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-27012021-175151/
Resumo: Objetivo. Conhecer os motivos que levam mulheres residentes em Feira de Santana - BA a buscar a esterilização como método contraceptivo, ao tempo em que se pretende avaliar informações dessas mulheres esterilizadas a respeito das implicações da esterilização. Método. Estudo qualitativo, utilizando a técnica de entrevista semiestruturada, com vinte mulheres. As entrevistas, realizadas a partir de perguntas norteadoras, foram gravadas e transcritas. Procedeu-se a uma análise, a qual foi realizada segundo a técnica de análise de conteúdo. Resultados. Dentre os motivos apontados pelas mulheres para escolha da esterilização estão a dificuldade no uso da pílula, rejeição ao DIU, inadequação com outros métodos, satisfação com a prole por ter atingido o número desejado de filhos e situação socioeconômica. A dificuldade na utilização de métodos reversíveis é baseada em representações formadas a partir de informações recebidas nos serviços de saúde e, principalmente, no meio social e vivências anteriores com os métodos. A falta de informação sobre esterilização é uma constante entre as mulheres entrevistadas, assim como sobre métodos contraceptivos em geral, o que dificulta seu uso. Conclusões. A esterilização como método contraceptivo entre mulheres de baixa renda não se traduz, na maioria das vezes, em uma escolha ou opção, mas em uma absoluta falta de escolha a elas imposta pelas circunstâncias vividas. Os resultados alcançados apontam para a necessidade de se ter serviços de saúde melhor estruturados e de se promover o desenvolvimento de ações educativas em saúde reprodutiva, proporcionando assim a escolha livre e informada sobre a regulação da fecundidade.