Performance de cruzamentos entre genitores tolerantes à ferrugem asiática da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Marques, Marcelo Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-03062014-165528/
Resumo: A ferrugem asiática da soja (FAS) foi constatada pela primeira vez no Brasil em 2000/2001, tendo desde então ocasionado elevados prejuízos aos sojicultores. O emprego de cultivares geneticamente resistentes/tolerantes é um componente fundamental de um programa integrado para controle desta doença. A pesquisa tem encontrado muita dificuldade, pois o fungo Phakopsora pachyrhizi apresenta grande variabilidade patogênica e as poucas fontes de resistência/tolerância disponíveis não são adaptadas às condições brasileiras. O objetivo geral do presente estudo foi avaliar a performance de linhagens experimentais de soja derivadas de cruzamentos entre genitores tolerantes à ferrugem asiática, com a finalidade de incrementar a tolerância a FAS. Os experimentos foram conduzidos durante os anos agrícolas 2008-09, 2009-10 e 2010-11, nas Estações Experimentais Anhumas e Areão e na sede (ESALQ), áreas estas pertencentes à Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" e situadas no município de Piracicaba - SP. Os experimentos com as progênies nas gerações F2:4, F2:5 e F2:6 foram delineados em blocos aumentados de Federer, sendo cada experimento subdividido em conjuntos experimentais com testemunhas comuns. Para estimar o efeito ferrugem e o nível de tolerância de cada genótipo a FAS, em cada local e ano agrícola, foram conduzidos dois experimentos com aplicações de fungicidas diferentes: no primeiro experimento aplicou-se fungicida para controle apenas das doenças de final de ciclo (DFC), enquanto que no segundo experimento, foi aplicado fungicida com princípios ativos para o controle tanto das DFC quanto da FAS. Nos experimentos com controle de DFC e FAS houve tendência de médias maiores para PG e PCS. A metodologia do contraste de reações das plantas a fungicidas distintos foi eficiente em estimar o efeito ferrugem e a reação de cada genótipo a FAS. A pressão do fungo da FAS sobre as progênies variou entre os anos agrícolas, tendo sido maior em 2009-10. O local Anhumas destacou-se entre os demais, possibilitando altas médias de produtividade de grãos (PG) em todos os anos agrícolas avaliados. Este ambiente também mostrou-se apropriado para estimar o efeito ferrugem. Os genitores 1 (USP 04-18.032) e 5 (USP 11-38) foram os que originaram as progênies mais precoces e os genitores 3 (USP 97-08.135) e 10 (USP 191-104-11) as progênies mais tardias. Os genitores 8 (USP 191-102-03) e 10 (USP 191-104-11) foram os que mais contribuíram para elevadas médias de PG e peso de cem sementes (PCS). Já o genitor 4 (BUSP 16-015) destacou-se na média de PG, além de ter apresentado valor alto de capacidade média de combinação para PG, na média dos três anos agrícolas. O cruzamento 7x10 (USP 14-06-20 x USP 191-104-11) destacou-se originando o maior número de progênies com desempenho superior em PG e tolerância a FAS. Por outro lado, os genitores 1 (USP 04-18.032), 3 (USP 97-08.135) e 9 (USP 191-103-12) foram os que menos contribuíram para a geração de progênies com alta PG. Houve variação entre as progênies dentro de cruzamentos para as estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade fenotípica. Consequentemente, as progênies 231- 2224-12 (6x8 = USP 97-10.046 x USP 191-102-03), 231-6127-06 (1x8 = USP 04- 18.032 x USP 191-102-03) e 231-1120-08 (7x10 = USP 14-06-20 x USP 191-104-11) foram as mais indicadas para a seleção recorrente para tolerância a FAS.