Caracterização dos mecanismos de indução de resistência à ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), por meio de dados ômicos, em plantas de soja tratadas com oligogalacturonídeos (OGs)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Torrezan, Eloísa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-03082023-144833/
Resumo: A ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, acomete gravemente a cultura da soja, uma das principais atividades do agronegócio brasileiro. O sistema imune das plantas compreende uma série de complexos mecanismos de defesa contra o ataque de patógenos ou predadores. A planta é capaz de perceber a ameaça por meio de moléculas de alerta, denominadas elicitores. DAMPs (Damage Associated Molecular Patterns) são moléculas elicitoras geradas nas injurias celulares durante uma infecção. Um estudo vem sendo realizado em nosso laboratório com um composto a base de uma classe de DAMPs, os oligogalacturonídeos (OGs), o qual vem demonstrando resultados significativos na redução da progressão de infecções causadas por fungos na soja. Assim, esse trabalho buscou estudar os mecanismos moleculares envolvidos no processo de infecção de P. pachyrhizi e compreender como se dá a indução da resistência da soja após o tratamento foliar com OGs, ao longo das 48 horas iniciais após tratamento. Nossos ensaios indicaram que os OGs exibem pouca ou nenhuma capacidade de afetar o desenvolvimento da planta de soja. Em geral, análises de proteoma indicaram alterações positivas na abundância de proteínas com mais relevância nos primeiros horários de amostragem. Os OGs, na presença ou ausência do patógeno, interferem em vias proteicas na planta, semelhantes às moduladas somente por P. pachyrhizi, sendo estas relacionadas a atividades peroxissomais, fotossíntese, metabolismo da glutationa, estresse oxidativo e modulação no transporte de proteínas, diretamente relacionadas à mecanismos de resposta de defesa da planta de soja. Dados de metaboloma indicaram capacidade dos OGs, na presença do patógeno, de mobilizar vias relacionadas a resistência da planta pela presença de EROs e moléculas relacionadas ao metabolismo de etileno.