Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Marques, João Paulo Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-25072008-104142/
|
Resumo: |
A leprose dos citros é uma doença de grande importância econômica aos citricultores, devido aos prejuízos por ela causados. A doença provoca lesões localizadas nos ramos, frutos e folhas e pode causar grandes perdas aos pomares não tratados. A leprose dos citros possui etiologia viral sendo o vírus denominado Citrus leprosis virus (CiLV). Atualmente, atribuí-se a leprose dois tipos de vírus que causam sintomas morfológicos e citopatológicos distintos: o tipo nuclear (CiLV-N) e o tipo citoplasmático (CiLV-C). O presente trabalho teve como objetivo investigar as alterações anatômicas e comparar o perfil protéico entre as lesões causadas pelos dois tipos de vírus em laranjeira-doce [Citrus sinensis (L.) Osbeck]. Para as análises anatômicas foram coletadas amostras de tecidos sadios e de tecidos lesionados. As amostras foram fotografadas e em seguida fixadas em solução de Karnovsky, desidratadas em série etílica, infiltradas em resina hidroxi-etil-metacrilato (Leica Historesin), seccionadas em micrótomo rotativo a 5-7 µm de espessura, coradas com azul de Toluidina para as análises histológicas usuais. Também foram realizados testes histoquímicos para fenóis, compostos pécticos, proteína e lipídios. A captura de imagens digitais dos materiais preparados em lâminas foi realizada em microscópio equipado com câmera de vídeo. Para a análise do perfil protéico as amostras coletadas foram imediatamente criofixadas em nitrogênio líquido e armazenadas em refrigerador a - 80ºC para posterior extração protéica. As proteínas extraídas foram quantificadas e depois separadas por eletroforese em gel de policrilamida. As lesões foliares se iniciaram como pontuações necróticas, envolvidas por halos cloróticos que limitam o crescimento da lesão. Nos ramos, ocorreram dois tipos de lesões com fendas. As lesões de ramos e de folhas provenientes do campo com sintomas de CiLV-C apresentaram similaridades com as amostras inoculadas. No caso das lesões foliares causadas pelo CiLV-N observa-se a presença de três regiões distintas: o centro necrótico, o halo intermediário e o halo clorótico. As lesões nos frutos de ambos os tipos de leprose eram distintas. Ductos traumáticos gomosos foram observados nos ramos infectados pelo CiLV-C e nos feixes vasculares de folhas e frutos infectados pelo CiLV-N. Quanto ao perfil protéico, verificou-se um aumento na concentração protéica nos tecidos infectados, em especial, nas lesões causadas pelo CiLV-N. Foi possível observar que havia um padrão anatômico e histoquímico nas lesões causadas pela leprose em laranjeira doce independente do tipo de vírus, pois em todas as lesões foi verificada hipertrofia e hiperplasia celular, plasmólise, a redução de grãos de amido, o acúmulo de compostos lipídicos nas células da área necrosada e a presença de um halo, ao redor dessa área, constituído de células que acumulam proteínas. |