Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Romano, Beatriz Coimbra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-08092021-114856/
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Resumo: |
A restrição calórica e o aumento da ingestão proteica são frequentemente utilizados tanto para aprimoramento do perfil de composição corporal quanto para tratamento de comorbidades. Diante disso, este trabalho pretendeu analisar o impacto da dieta hipocalórica/hiperproteica sobre o tecido ósseo e a adiposidade da medula óssea em ratas. Foram utilizadas 30 ratas fêmeas da linhagem Wistar Hannover, com oito semanas de idade, divididas em três grupos (n=10): a) GC = recebeu dieta padrão AIN-93M ad libitum, b) GR30% = recebeu dieta de restrição calórica total de 30% e c) GRH40% = alimentadas com dieta de restrição calórica total de 30%, sendo hiperproteica em 40%/kg de dieta, durante oito semanas. A quantidade de dieta consumida (g) pelos dois grupos de restrição foi pareada pela do GC. Os animais foram pesados uma vez ao dia. As glicemias foram avaliadas nos períodos basal, 2ª, 5ª e 8ª semanas. Os tecidos adiposos brancos das áreas subcutânea (sTAB) e retroperitoneal (rTAB), bem como o marrom (TAM) e o fígado foram retirados e pesados (n=10/grupo). A tíbia direita foi utilizada para análise histomorfométrica (n=6/grupo). A tíbia esquerda foi utilizada para análise de densitometria óssea (n=6/grupo). A cultura de osteoclastos foi realizada a partir de lavado da medula óssea utilizando pool de células de fêmur (n=3/grupo) e outro considerando somente o fêmur (n=1/grupo). O grupo controle ganhou peso ao longo do experimento. Enquanto que o GR30% apresentou manutenção de peso e o GRH40% mostrou perda de peso corporal, porém os dois grupos de restrição apresentaram efeito final semelhante. Os grupos GR30% e GRH40% mostraram menores valores de tecidos adiposos branco (sTAB e rTAB) e fígado em relação ao GC. Somente o GRH40% apresentou queda significativa no peso do TAM. A partir da glicemia basal, o GC manteve sua glicemia estável ao longo das oito semanas e superior em relação aos outros grupos de restrição (GR30% e GRH40%), enquanto que os grupos GR30% e GRH40% apresentaram queda e diferenças significativas a partir da 2º semana, porém apresentaram efeito final semelhante. A histomorfometria óssea mostrou significativo comprometimento ósseo dos grupos GR30% e GRH40%, traduzidos por menor volume ósseo, número de trabéculas e maior separação trabecular. O número de osteoblastos mostrou-se menor nos dois grupos de restrição, com diminuição acentuada significativa do grupo GRH40%. O número de osteoclastos mostrou-se diminuído somente no GR30% em relação ao GC. As análises de densitometria das tíbias mostraram que o GRH40% apresentou menor DMO proximal que o GC. A cultura de osteoclastos mostrou que o GRH40% apresentou maior número de osteoclastos e a área de osteoclastos quando comparados aos grupos GC e GR30%. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que o aumento do teor proteico em condições de restrição calórica não apresenta benefício metabólico, na composição corporal e esquelético, durante o intervalo de oito semanas. Os dados encorajam a realização de outros estudos para elucidar o papel do aumento de proteínas sobre o potencial osteoclastogênico de células progenitoras. |