Estudo comparativo entre a angiografia rotacional tridimensional e a flebografia transfemoral com subtração digital para o diagnóstico da compressão da veia ilíaca comum esquerda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Battilana, Alexandre Gustavo Bellorio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-07012020-104348/
Resumo: INTRODUÇÃO: O diagnóstico radiológico da compressão das veias ilíacas e ainda motivo de debate. O exame mais utilizado atualmente (flebografia transfemoral) não permite quantificação da estenose, enquanto o ultrassom intravascular, atual padrão ouro para quantificar a estenose, além de caro e mais invasivo, não permite avaliar a presença de colaterais e do fluxo venoso na pelve. A evolução tecnológica dos aparelhos de angiografia permite a realização de angiografia rotacional tridimensional (tomografia de feixes cônicos) que possibilita a avaliação angiográfica da pelve e reconstrução de um molde tridimensional capaz de definir, com mais detalhes, estenoses e dilatações vasculares. Assim, nosso principal objetivo foi comparar a angiografia rotacional tridimensional com a flebografia transfemoral para o diagnóstico da compressão da veia ilíaca comum esquerda. MÉTODO: Os pacientes com suspeita de compressão das veias ilíacas que foram encaminhados para a realização de flebografia transfemoral no Hospital Nove de Julho, foram convidados para participar do estudo, no período de 2013 a 2017. Os que aceitaram, foram também submetidos a angiografia rotacional tridimensional. Uma vez realizados os exames, os filmes foram analisados por 4 examinadores independentes e o resultado comparado com o resultado da angiografia rotacional tridimensional. Foi considerado positivo quando estenose maior ou igual a 50%. RESULTADOS: Foram incluídos 96 pacientes na analise, 69 mulheres e 27 homens, que realizaram ambos os exames. A flebografia transfemoral foi positiva em 34,30% dos casos e a angiografia tridimensional em 80% dos pacientes (p < 0,001). Foi calculado curva ROC para avaliar o melhor ponto de corte para o diagnóstico de estenose para a angiografia rotacional tridimensional, que foi de 64,5% com AUC=84%. O valor preditivo negativo (VPN) da angiografia rotacional tridimensional para 50% de estenose foi de 100%, a razão de verossimilhança negativa (RVN) e a probabilidade pós-teste (Ppós) < 0,1%. Considerando 64,5% como resultado positivo para estenose significativa na angiografia rotacional tridimensional temos VPN 92%, RVN 0,15 e Ppos 5%. CONCLUSÃO: A angiografia rotacional tridimensional, quando comparada a flebografia transfemoral, para o diagnóstico de estenose da veia ilíaca comum esquerda, mostrou ser mais sensivel e possuir um alto valor preditivo negativo, além de ser mais barato e menos invasivo que o exame considerado padrão ouro atualmente