Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Armando dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5158/tde-23012008-170513/
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Resumo: |
Grandes perdas de tecido neural não permitem a reparação por meio de anastomose primária. Nesses casos, a auto-enxertia de nervo é considerado o melhor tratamento. A despeito de um tratamento cirúrgico adequado, déficits funcionais são observados e melhoras quanto à recuperação funcional e diminuição das seqüelas são desejáveis. Várias são as técnicas que almejaram esse propósito. A interposição de condutores tubulares, como ponte entre os cotos proximal e distal do nervo seccionado, apresenta-se como uma técnica alternativa que oferece vantagens teóricas. A veia é um material estudado como possível condutor tubular avaliado experimentalmente e em casos clínicos. Estudos recentes têm dado importância na utilização de transplantes de tecidos armazenados em banco de tecidos. O glicerol é utilizado para preservação de tecidos, tendo sido relatado seu uso em nervos e vasos. Entretanto, não há relatos da utilização de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo. O objetivo deste trabalho foi comparar, em ratos, o grau de regeneração neural, utilizando análise histológica e análise funcional, obtida com a interposição de enxerto autógeno de nervo, veia autógena, veia autógena preservada em glicerol e veia alógena preservada em glicerol. Com técnica microcirúrgica, foram criados defeitos de 5 mm do nervo fibular de ratos da raça Lewis. Os animais foram divididos em quatro grupos de seis, de acordo com o tratamento empregado para correção do defeito: nos animais do Grupo A (grupo controle), foi realizado o reposicionamento do fragmento de nervo retirado (auto-enxerto); nos animais do Grupo B, foi interposto um segmento de 1 cm de veia jugular externa autógena; nos animais do Grupo C, foi interposto a veia jugular externa autógena preservada em glicerol a 98% a 4ºC por sete dias; no Grupo D os animais doadores foram ratos da raça Sprague-Dawley que tiveram a veia jugular externa preservada em glicerol de forma igual ao Grupo C e utilizadas para reconstrução do defeito neural em ratos da raça Lewis, sendo considerado um enxerto alógeno preservado em glicerol. Os animais foram sacrificados após seis semanas para realização dos estudos histológicos. Para a avaliação da recuperação funcional foram estudados os padrões de deambulação dos ratos (\"walking track analysis\") no pós-operatório imediato, 3 e 6 semanas de pós-operatório. O grupo controle (auto-enxerto) apresentou resultados histológicos semelhantes aos grupos de veias preservadas em glicerol (autógena e alógena), entretanto apresentou uma maior reação tecidual perineural e maior presença de escape axonal se comparada a todos os grupos. A utilização de veia autógena sem preservação demonstrou padrão histológico com maior neoangiogênese e áreas de rarefação axonal com presença de tecido conectivo no estroma neoformado. O padrão histológico foi semelhante nos demais grupos. O grupo que utilizou veia autógena (sem glicerol) apresentou menor recuperação funcional quando comparado com os demais grupos para 3 e 6 semanas. O resultado funcional foi estatisticamente semelhante entre os grupos de veias preservadas (autógena e alógena) e o auto-enxerto. |