Influência de diferentes níveis de exploração florestal em uma floresta tropical na Região de Marabá - PA

• Ano de defesa: 1990
• Autor(a) principal: Garcia, Alvaro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: EXPLORAÇÃO FLORESTAL; FLORESTAS TROPICAIS
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-111056/

Com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes intensidades de exploração florestal em uma área de floresta tropical, foi instalado um ensaio de manejo sustentado na Reserva Florestal dá Campanhia Vale do Rio Doce - CVRD, localizada no município de Marabá -Pará. O delineamento estatístico do ensaio foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições e os tratamentos testados foram: 1) testemunha; 2) corte raso; 3) corte de todos os individuas com DAP ≥ 45 cm e 4) corte de todos os individuas com 20 ≥ DAP ≥ 60cm. O ensaio foi instalado em 1984 e as avaliações foram efetuadas através dos dados coletados nos inventários inicial (Agosto-1984), pós-exploratório (Outubro-1984) e contínuos (1986 e 1988). Foram tomadas as medidas da circunferência à altura do peito (CAP) para todos os individuas com CAP ≥ 15,7 cm (varas e plantas estabelecidas), a contagem dos indivíduos no estágio de muda (H ≤ 30 cm) e a identificação botânica das espécies presente nas parcelas do ensaio. Com os dados obteve-se o Quociente de Mistura de JENTSCH (QM) e o Índice de Valor de Importância (IVI) em todos os tratamentos, assim como foram calculados os incrementos de novos indivíduos nas parcelas experimentais e o crescimento periódico e anual da área basal. As principais conclusões ao nível do ensaio foram: a) no tratamento 2 foram obtidos os maiores volumes de produtos florestais (lenha e madeira serrável) e com quatro anos de crescimento, cerca de 74% da área basal inicial foi alcançada, porém a diversidade de espécies no tratamento é inferior aos demais. No·estágio atual há a predominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais; b) a composição florística observada em 1988, nos tratamentos 1, 3 e 4, é semelhante à composição de 1986, sendo que no tratamento 2 houve uma intensa flutuação do número de espécies presentes no período observado; c) o número de amostras usadas para os indivíduos no estágio de regeneração natural (SP2 e SP3) foi inferior ao necessário, no entanto foi possível detectar diferenças qualitativas importantes entre os tratamentos testados; d) o incremento do número de indivíduos e o crescimento em área basal, em todos os tratamentos foi maior nas classes diamétricas inferiores (5-20 cm); e) não se recomenda nenhum dos tratamentos utilizados, visto que o tempo de observação (somente quatro anos) é pequeno em relação às possíveis mudanças que possam vir a ocorrer nas parcelas experimentais; f) recomenda-se o desenvolvimento de um sistema de amostragem específico para o monitoramento da regeneração natural em área submetida à diferentes intensidades de exploração, e a implantação de um programa integrado em unidades demonstrativos de manejo florestal.