Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Amorim, João Vitor Oliveira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25147/tde-31032025-142603/
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Resumo: |
A utilização de medicação intracanal é uma importante ferramenta para o controle da infecção endodôntica. O hidróxido de cálcio é comumente utilizado com essa finalidade e sua aplicação pode ser otimizada através da utilização de dispositivos ultrassônicos. Isso permite que ele se difunda pela dentina em concentrações maiores promovendo a alcalinização do ambiente, aumentando seu potencial antimicrobiano, o que é de grande valia principalmente quando se trata de microrganismos que possuem resistência ao aumento do pH. Entretanto o que pode ser um fator favorável quando se objetiva alcançar bactérias no interior dos túbulos dentinários e promover uma desinfecção mais eficiente das complexidades do canal, pode se tornar um empecilho quando a intenção é promover uma limpeza adequada e um selamento satisfatório do cimento endodôntico na fase subsequente da obturação. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da ativação ultrassônica da pasta de hidróxido de cálcio na obturação dos canais radiculares, na penetrabilidade do cimento e resistência de união. Para isso foram selecionados 32 pré-molares inferiores, que foram previamente padronizados e preparados. Os espécimes foram divididos em 4 grupos de acordo com a forma de aplicação da medicação intracanal (com ou sem agitação ultrassônica) e o tipo de cimento empregado (biocerâmico BioC Sealer ou resinoso AH Plus). Em seguida três aspectos foram analisados: Penetração intratubular, resistência de união e tipo de falha. A análise da penetração intratubular foi realizada por meio dos corantes Fluo3 e Rhod-2 através de Microscopia Confocal de Varredura a Laser (MCVL). Foram realizados testes de Push-out, utilizando-se máquina universal de ensaios mecânicos, para verificar a resistência de união da obturação, em seguida o tipo de falha (coesiva, adesiva ou mista) foi verificado com auxílio de estereomicroscópio. Por fim os dados foram analisados quanto a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk, para as comparações intergrupos feitas pelos testes de Kruskall-Wallis seguindo do pós-teste de Dunn ou ANOVA seguida de Tukey, com nível de significância de 5% (p<0,05). Já para as análises intragrupo foram feitos testes de correlação de Pearson para as amostras paramétricas e Spearman para as não paramétricas. Os grupos em que se utilizou os métodos ultrassônicos promoveram maior penetração da medicação de hidróxido de cálcio, assim como maior quantidade de remanescentes após sua remoção. Entretanto isso não prejudicou a penetração subsequente do cimento, desde que também fosse ativado. Quanto ao teste de push-out, o método utilizado não interferiu significativamente na resistência dos cimentos, porém o AH Plus mostrou força de união superior ao BioC Sealer para os grupos testados. No terço apical o tipo de falha mais frequente para o grupo do AH Plus foi a deformação da GP seguido da falha mista. Enquanto o BioC Sealer apresentou predominância da falha mista, seguida da falha coesiva. Já para os terços cervical e médio houve predomínio entre os grupos da falha mista. Desse modo foi possível concluir que a utilização de técnicas ultrassônicas em conjunto para colocação e remoção da medicação intracanal e ativação do cimento, não prejudica a força de união da obturação, e que o cimento de escolha interfere diretamente na força de união da obturação. |