Estudo do comportamento de um escorregamento ativo na Serra da Cantareira - SP.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Godois, João Vítor da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3145/tde-16032012-113207/
Resumo: Esta dissertação apresenta o estudo sobre um caso de movimento rotacional em uma massa de solo coluvionar, localizada na Vila Albertina na zona norte da cidade de São Paulo-SP. O objetivo deste trabalho foi estudar os processos de instabilidade associados a eventos de chuvas, condições de fluxo e ações antrópicas que ocorreram no local. Procurou-se estabelecer as relações de causa e efeito que os eventos pluviométricos têm sobre a estabilidade da encosta; também foram estudadas as alterações causadas pelo homem e as condições de infiltração de água no terreno. Foi realizado um levantamento histórico de escorregamentos ocorridos na região desde a década de 30. Este levantamento histórico constituiu em resgatar aerofotografias, imagens de satélites e reconstituições de plantas topográficas do local. Através deste estudo se constatou que a encosta começou a ser modificada desde a década de 40, com uma possível tentativa de exploração de rochas graníticas. Nos anos 60 foi construída uma fábrica no pé da encosta. Atualmente, o solo desta encosta, que está em movimento, invade o pátio desta fábrica. Na década de 70, a área de escorregamento começou a ser ocupada por moradores, que construíram suas casas sobre esta encosta. Esta ocupação foi desordenada e acelerou o processo de instabilização da encosta; até o ano de 2004 viviam no local 600 famílias. No início da década de 80, a encosta apresentou grandes movimentações. Para que estes movimentos fossem cessados, realizaram-se obras de contenção, foram executados retaludamentos, instalações de drenos profundos e drenagens superficiais através de canaletas e escadas hidráulicas. Ainda na década de 80, retirou-se uma grande camada de solo da encosta para cobrir o aterro sanitário da Vila Albertina, localizado no terreno vizinho a encosta. Esta remoção deixou parte do terreno plano, causado o acumulo de águas pluviais. As águas, que antes escoariam superficialmente, passaram a se infiltrar no terreno. Para a caracterização e obtenção dos parâmetros de resistência dos solos da região, foram coletadas três amostras indeformadas: uma na crista do escorregamento e duas no pé da encosta. Neste local, foram identificados um solo coluvionar e um solo residual mais jovem. A encosta foi instrumentada através de marcos superficiais, inclinômetros que também serviram de medidores de nível d\'água e tensiômetros.