A Sensibilidade da Política Monetária no Brasil: 1995 - 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Policano, Rodrigo Mantovani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-06122006-233149/
Resumo: A literatura recente descreve o comportamento das autoridades monetárias através de funções de reação do banco central, que capturam a relação entre o instrumento de política monetária, a taxa de juros, e as variáveis econômicas relevantes. Os coeficientes ótimos de resposta à taxa de inflação e ao produto dependem dos parâmetros estruturais da economia e da importância relativa atribuída pelas autoridades monetárias aos objetivos conflitantes de política: estabilização da inflação ou do produto. Tanto as preferências do banco central como o conhecimento que as autoridades monetárias possuem da estrutura, ou do funcionamento, da economia podem se alterar ao longo do tempo. Os testes realizados reforçam a hipótese de que os parâmetros da função de reação variaram ao longo do período. Esta dissertação estima uma função de reação para o Banco Central do Brasil pelo método Time Varying Parameter, no qual se permite que os seus coeficientes variem período a período seguindo um processo de random walk. De acordo com os resultados obtidos, podemos dividir a condução da política monetária entre 1995 e 2006 em dois períodos. No primeiro período (1995-1999), relativo ao regime de câmbio administrado, a taxa de juros reagiu mais fortemente ao hiato do produto e à variação das reservas cambiais. Observamos, neste período, que a resposta ao produto dependeu do próprio nível desta variável. No segundo período (1999-2006), associado ao regime de metas de inflação, a taxa de juros reagiu principalmente às expectativas de inflação. No entanto, a reação não foi constante ao longo deste período.